"No governo por um projeto"
Arnaldo Neto e Aluysio Abreu Barbosa 13/07/2019 19:00 - Atualizado em 19/07/2019 13:26
Makhoul Moussalem
Makhoul Moussalem / Genilson Pessanha
Candidato a prefeito de Campos em 2004, 2006 e em 2012, além de ter disputado uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2014, Makhoul Moussalem é o mais novo reforço do governo Rafael Diniz (PPS). Ele foi nomeado na última semana como assessor especial do prefeito. Seu objetivo, assegura, é a implantação de um antigo projeto, um centro especializado em doenças cárdio-cerebrovascular. Ele espera apoio de mais 10 prefeituras, iniciativa privada e de deputados. Antes mesmo de ser nomeado, procurou Wladimir Garotinho (PSD), possível adversário do prefeito nas urnas em 2020, para articular emendas. Em relação ao atual secretário de Saúde, Abdu Neme, Makhoul fez críticas ao que chama de marketing, mas aponta avanços com a mudança no comando da pasta. Já sobre o atual governo, pontua as medidas para sanar dívidas e diz: “Quem fazia milagre era Jesus Cristo, dois mil anos atrás. De lá pra cá, ninguém mais fez milagre”.
Folha da Manhã — A sua nomeação foi a menos vazada, foi uma surpresa. Como foi o processo?
Makhoul Moussalem — Em março eu fui homenageado pela Sociedade de Neurocirurgia do Estado do Rio de Janeiro. Estiveram aqui vários neurocirurgiões e fizeram uma jornada. E durante essa jornada, aconteceu a homenagem a mim. O Orlando Maia, atual presidente, fez a palestra sobre tratamento endovascular das lesões do sistema nervoso. Nessa palestra ele aproveitou e questionou por que Campos não tem nada nos hospitais em termos neurovasculares. Terminou a palestra e ele perguntou se alguém queria fazer o uso da palavra. Eu falei: quero dizer pra você, Orlando, que ninguém faz nada por falta de iniciativa do poder público. O projeto eu já fiz 20 anos atrás.
Folha — Na entrevista em abril, ao Folha no Ar, você não falou disso no programa, mas depois comentou sobre um projeto. De que se consiste?
Makhoul — O Edson Batista estava na minha frente. Não evoluiu porque não tem político aqui em Campos com visão de estadista, nem muito menos de visão social, nem visão médica. Levei para o prefeito da época, que era o Arnaldo [Vianna], para quem o sucedeu, e para quem sucedeu aos dois. Não fizeram porque não quiseram e eu acho fundamental que seja feito. Fiquei matutando: por que eu não faço? Afinal de contas, eu já fiz tanta coisa, vou fechar com chave de ouro. Isso foi dia 15 de março. Final de março eu liguei para Rafael. Marquei com ele na Prefeitura. Conversei com ele e expus o projeto. Ele achou muito bom, gostou, e disse que também queria fazer. Só que esse coração bandido começou a dar problema. Depois, no dia 12 de junho eu fui pra França, fiquei sete dias em Paris com a minha filha Luana. E depois fui para o Líbano. Perdemos dois meses por causa do meu problema físico e da viagem.
Folha — Veio o coração, a viagem...
Makhoul — Aí eu voltei, na quinta-feira, dia 3 de julho. Mandei uma mensagem de voz para Rafael, dizendo que já estava de volta e poderíamos conversar. Aí ele me retornou, no dia seguinte, parece que estava fora da cidade, dizendo que estava tudo bem. [Alexandre] Bastos, liga para Verinha (companheira de Makhoul), que é tia da mulher de Bastos, e pediu meu nome completo e CPF. Ela me falou que isso tinha acontecido e que Bastos achava que eu seria nomeado. Liguei para Rafael, queria saber em que eu seria nomeado.
Folha — Mas em que consiste o projeto?
Makhoul — Há 20 anos, eu dei o nome de Stroke Center, um centro de evento súbito agressivo, que é o stroke. Como eu não sou muito chegado ao inglês, resolvi mudar o nome para Centro de Tratamento do Ictus Cárdio-cerebrovascular. Mas ficou muito comprido. Aí eu botei Ictus Cárdio-cerebrovascular. A gente pega o cara na primeira hora. Monta-se uma estrutura. No Álvaro Alvim tem uma construção que está abandonada. São quatro andares utilizáveis, sendo um ligado ao centro cirúrgico, sobrando três para esses leitos. Cada um tem uma área de 100 m², que dá exatamente oito leitos. Campos é uma cidade privilegiada: planície. Você bota o helicóptero voa em qualquer área, qualquer tempo, sem maiores problemas. E aí eu pensei no seguinte: qual é a grande contribuição minha além de bolar o projeto... A BR 101 está aqui e a Autopista [Arteris Fluminense] é obrigada por lei a atender os acidentados.
Folha — Bota a Autopista no jogo.
Makhoul — Eles têm a ambulância. Eu vou pedir que eles comprem os helicópteros, dois ou três, dependendo da necessidade. Inclusive, a Prefeitura pode até ajudar, uma parceria público-privada. Pega o Corpo de Bombeiros. Só que o Corpo de Bombeiros é obrigado por lei ou determinação, não sei de quem, a levar só para hospital público. Não custa nada a gente bater um papo com o governador, levar uma mensagem para Assembleia Legislativa e autorizar a trazer um doente, para o Centro. Também não custa nada que o Corpo de Bombeiros, com helicóptero, pegue o paciente em Morro do Coco, Farol, Santa Maria ou Macaé. O projeto engloba os municípios do Norte Fluminense, mais Casimiro de Abreu e Rio das Ostras. Conversei com Wladimir [Garotinho], com Bruno Dauaire para que façam emendas de bancada. A emenda de um deputado sozinho é R$ 10 milhões, em Brasília, no Rio é um pouquinho menos. Se for feita uma emenda de bancada, você consegue tirar de R$ 50 a 60 milhões. É mais que o suficiente para montar o projeto. Nós vamos para algo entre R$ 12 ou 13 milhões. É o gasto inicial.
Folha — E o contato com as prefeituras já foi feito?
Makhoul — Não. Eu vou fazer junto com Rafael. Ele vai ligar pro cara e falar: “Makhoul vai aí. É meu assessor especial para essa finalidade”. Eu levo o projeto. Já pedi a Adriana Barreto, da Fundenor, para montar o projeto. Eu pedi a ela para fazer, perguntei quanto seria, mas ela disse que não queria nada. Gostou do projeto e queria colaborar. Aí falta a equipe. Nós vamos gastar R$ 150 mil com a equipe médica por mês. Isso, dividido para 11 municípios não é nenhum absurdo. Posso pegar emendas parlamentares para construir e equipar. Custeio, não posso.
Folha — Rafael marca e você vai, com ele ou com Bastos.
Makhoul — Não preciso ir com ninguém. Eu vou sozinho.
Folha — Mas o contato precisa ser feito politicamente por Rafael?
Makhoul — Lógico. Ele pode ir até comigo, se houver necessidade. Eu acho que com isso aí, eu fecho com chave de ouro. Eu tenho três objetivos com esse projeto. O primeiro é salvar vidas, atendendo a quem não tem condições. Segundo, eu ajudo o Álvaro Alvim. É meu filho, eu que fiz. E o terceiro, quero meu nome na placa para posteridade.
Folha — Vai ficar igual a Witzel, dando risada olhando para placa?
Makhoul — Eu quero olhar a placa e ver mais uma obra de Dr. Makhoul. Nada mais justo. Eu não ganho nada com isso. Eu acho que em um ano a gente consegue botar para funcionar.
Folha — Você citou que conversou com Wladimir e Bruno. Quando você é nomeado assessor especial e Wladimir é considerado o adversário de Rafael nas eleições, você acha que isso se mantém?
Makhoul — Eu falei com eles antes de ser nomeado.
Folha — Em relação a Wladimir, isso não muda politicamente?
Makhoul — Se isso acontecer, eu sinto pena dele por estar colocando as questões pessoais acima do coletivo. Não estou trabalhando para minha eleição, não sou candidato. Ajudando a Rafael estou, mas para ajudar a população.
Folha — Mas se o projeto se concretizar e salvar vidas, isso vai ser bom politicamente para Rafael.
Makhoul — Ele (Wladimir) também pega uma beiradinha, se arranjar dinheiro de emenda de bancada, vai pegar carona.
Folha — Para você, o projeto está acima do interesse pessoal. E quem não pensar assim
Makhoul — Eu fico com pena das pessoas não enxergarem que o bem comum está acima do pessoal.
Folha — Humberto Eco falou que as redes sociais deram voz aos idiotas. Você sempre teve perfil nas redes sociais, mas estavam parados, você reativou.
Makhoul — Reativaram, na verdade.
Folha — Você vinha claramente assumindo posições críticas ao governo e tendo muita acolhida. Como é que você reage a isso?
Makhoul — É muito simples. Eu quero que apareça, e diga, aquele cara que eu combinei alguma coisa. Que eu disse que faria acordo com alguém. Não fiz trato com ninguém. Respondo pelos meus atos. Estou pouco me lixando para as redes sociais.
Folha — Você diz que não é candidato, mas os comentários estavam fortes sobre um grupo que se formava para contando com você para 2020.
Makhoul — Eu sei. Esse cara que reativou o meu Facebook, não fui eu, foi ele...
Folha — Ele quem?
Makhoul — Um empresário, o Wagner Matos. Um empresário, que ajudei no passado, muito trabalhador. Ele me procurou, antes de eu viajar: “Makhoul, eu quero que você seja o candidato a prefeito do nosso grupo”. Questionei sobre qual grupo, qual partido. Ele falou que não tinha partido ainda, mas era um grupo de empresários. Ele disse que ia reativar meu Facebook para ver a aceitação. Falei para ele tomar cuidado com esse negócio, porque você pode falar coisa que não deve. Como eu não estava aqui, ele soltou o verbo.
Folha — Foi seu Carlos Bolsonaro?
Makhoul — Foi. Depois me mostrou: “tá vendo, você já tá com 9, 10 mil seguidores”. Aí eu falei: tudo bem, amigo, só que eu não sou candidato. Primeiro porque estou com problema de saúde, não sei a hora que pode dar zebra. E tem outro grupo querendo que eu seja candidato a vereador.
Folha — Que outro grupo?
Makhoul — Rodrigo Peres, um microempresário. E o [Lesley] Beethoven queria que eu fosse candidato no time dele no PSDB. O Rodrigo é filiado ao PSDB, estão no mesmo grupo. O Beethoven gostou da ideia. Mas eu não estou a fim, esse é o problema. Eu quero é tocar o projeto.
Folha — Você hora nenhuma pensou em ser candidato?
Makhoul — Eu não. Mas o pessoal encontra eco nas redes sociais, dizem que Makhoul é um nome bom. Realmente sou, não posso negar.
Folha — Você concorda com a definição do Humberto Eco sobre as redes sociais?
Makhoul — Concordo, plenamente. O celular veio para o bem e para o mal. Redes sociais também.
Folha — Você está entrando como assessor especial do prefeito. Recentemente, quem ocupou esse cargo foi Linda Mara, no governo Rosinha. Você está entrando para um projeto, é médico com uma história enorme em Campos. E Linda Mara não tem uma excelência que eu possa falar isso. E ela ficou famosa, naquela época, porque perguntaram e ela disse que marcava a depilação de Rosinha. Você vai marcar a de Rafael também? Não, né?
Makhoul — Primeiro: acho que Rafael não é chegado a depilação. Segundo: eu não sou chegado a ser, de quem quer que seja...
Folha — Como você vê essa analogia, que é inevitável? São duas pessoas conhecidas...
Makhoul — Eu não vejo. São duas coisas distintas. Uma, de servidão da Linda Mara perante à Rosinha, pela declaração que ela deu. Não estou falando mal, as palavras são delas. A minha relação com Rafael é totalmente diferente.
Folha — Embora tenha amizade...
Makhoul — Eu fiz parte da campanha dele, escrevi vários artigos, apareci na TV pedindo voto. Quando foi eleito, eu estava fazendo quimioterapia. Não vejo paralelo de comparação entre a Linda Mara e a mim.
Folha — Já está nas redes sociais também...
Makhoul — Sinto muito pelos caras que botaram, porque demonstram total desconhecimento de quem é Linda Mara e de quem sou eu.
Folha — Mas está até em gente que, a priori, é governista, como maneira de exemplificar uma elevação de qualidade na comparação.
Makhoul — Ah, bom. Linda Mara era assessora especial e agora é Makhoul. É bem diferente...
Folha — Você concorda com essa visão? É difícil opinar sobre si mesmo, não é?
Makhoul — Não concordo nem discordo, pelo seguinte: não tenho essa visão. Eles têm essa visão, querem usar esse comparativo... Eu não tenho.
Folha — Esquece que você é Makhoul. Se olhasse para um governo que tivesse como assessora especial Linda Mara e, no outro, um neurocirurgião, médico, com o passado político e na saúde pública que você tem, qual dos dois governos você acharia que tem um termômetro melhor?
Makhoul — O que tem a mim. Óbvio. Não tenho a menor dúvida.
Folha — Então, não é tão desarrazoado assim, né?
Makhoul — É. Linda Mara com Makhoul, é uma comparação que me soa estranha (risos).
Folha — Você participou muito da campanha de Rafael. E era esperado que você, apesar de diagnosticado com um linfoma, pudesse assumir a secretaria de Saúde. Isso acabou não acontecendo. Como reagiu naquela época e como vê hoje?
Makhoul — Eu até falei, perguntaram se eu queria e eu disse que não, que eu não teria condições físicas de assumir. De repente, podia piorar. Nem me aventurei a pleitear o cargo.
Folha — Não estou falando que você pleiteou, mas foi cogitado, inclusive no meio médico.
Makhoul — Fui cogitado, fortemente. No meio médico, era dado como certo. Não tinha dúvida. Foi até uma surpresa para mim não ter sido pelo menos convidado.
Folha — Você se ressente disso?
Makhoul — Não, porque eu estava doente mesmo. Eu falei isso. Eu não convidaria, por exemplo, um amigo meu que está doente para fazer nada, porque é uma sacanagem.
Folha — Mas do fato de não ter sido consultado, você se ressente?
Makhoul — Eu achei que foi um pouco de indelicadeza do governo, do prefeito, de quem quer que seja. Eu não perdoo, não. Eu disse e digo em qualquer lugar, acho que está devendo. Não tenha dúvida. Acho que vai resgatar parte da dívida com esse projeto e outras coisas que eu vou propor a ele que faça. Aí é que está.
Folha — Quando o Dr. Abdu assumiu um plantão no Ferreira Machado, o senhor fez críticas...
Makhoul — Sisse que ele era marqueteiro.
Folha — E havia a promessa do São José, que foi aberto agora, no final do mês de junho. Dr. Abdu aparece nas primeiras consultas. O senhor ainda acha que é uma atitude de marketing?
Makhoul — Eu acho que ficaria muito mais bonito os médicos atendendo e ele ali acompanhando a equipe, não ele pessoalmente atendendo. Eticamente, do ponto de vista médico, do ponto de vista do conselho de ética, ele está fazendo promoção pessoal. Ou não?
Folha — Você acha que ele está visando a eleição para vereador?
Makhoul — Lógico. Eu, no lugar dele, jamais faria isso. Eu ficaria do lado, com uma equipe médica e eu, como secretário, supervisionando.
Folha — Alexandre, o Grande, era famoso e muito respeitado pelos seus comandados por estar sempre na linha de frente, mesmo já sendo rei do mundo. Óbvio que não estou comparando Abdu com Alexandre, mas você não acha que é um exemplo de liderar na linha de frente?
Makhoul — Acho importante. Mas, na linha de frente, ele, como comandante, não precisa atender um paciente. Poderia estar lá, mostrando que está integrado à equipe, que o secretário está junto. Ele não sabe é fazer marketing. Digo outra vez: eu o acho um excelente cardiologista, não tenho nada contra ele profissionalmente. Eu acho que a atitude dele, enquanto secretário de saúde, não é... Tenho a minha visão de que deveria ser diferente.
Folha — A sua visão ética.
Makhoul — É. Até porque, fui do Conselho de Ética do Cremerj durante 25 anos e fui do Conselho Federal cinco anos. Então, entendo alguma coisa desse negócio. Acho que está se excedendo na exposição, não precisa disso. Todo mundo na cidade sabe que o secretário de Saúde é Abdu Neme. Todo mundo sabe que ele inaugurou o São José.
Folha — Ele tem uma história pessoal, participou do projeto... É meio como você com o Álvaro Alvim. O São José é filho dele.
Makhoul — Ótimo, nada contra. Precisa ele posar com a enfermeira do lado, atendendo paciente? Acho meio desnecessário, acho uma exposição desnecessária. É a minha visão. Alguém pode achar que é interessante ele aparecer. Acho que ele precisa de um marqueteiro para orientar ele.
Folha — Abdu é o segundo secretário da gestão de Rafael. Se você tivesse que dar uma nota de 0 a 10 para a gestão de Fabiana Catalani e para a gestão de Abdu Neme, qual seria a nota de um e a de outro?
Makhoul — Você me coloca numa situação em que tenho que definir... Mas, também, não tenho papas na língua. Fabiana, não vi nenhuma atitude dela, nenhum trabalho dela que fosse digno de nota. Daria para ela uma nota três, nota quatro, por aí, embora eu ache a Fabiana uma excelente auditora. Médica auditora de alto nível. Enquanto gestora, ela deixa muito a desejar.
Folha — Com três ou quatro, não passa de ano, não é?
Makhoul — Não.
Folha — Na sua escola, passa de ano com que nota?
Makhoul — De sete para cima.
Folha — E para Abdu, que nota você daria?
Makhoul — Como marqueteiro, nota zero (risos). Eu acho infantil o negócio. Do ponto de vista de secretário, dou um sete a ele, para passar. Ele passa.
Folha — Você deu nota as gestões de Fabiana e de Abdu na secretaria de Saúde. Que nota você dá ao governo Rafael?
Makhoul — Vou dar a nota considerando que pegou uma Prefeitura sem condições de fazer nada, praticamente, devendo R$ 2,4 bilhões. Agora conseguiu ajustar as finanças e está começando a mostrar seu trabalho. Nota 7, é o mínimo que ele merece.
Folha — Com essa nota dá para passar em 2020 na reeleição?
Makhoul — Dá tranquilo. Eu acho que essa questão da reeleição dele está sendo muito mal avaliada pela população, porque não está entendendo o que aconteceu nesse período. Não está aceitando, quer milagre. Quem fazia milagre era Jesus Cristo, dois mil anos atrás. De lá pra cá, ninguém mais fez milagre.
Folha — Como você avalia os potenciais candidatos de oposição em 2020, entre eles Wladimir Garotinho, Rodrigo Bacellar, Gil Vianna, Caio Vianna, Bethoveen, Alexandre Buchaul?
Makhoul — Acho que todo cidadão que se propõe a ser candidato a prefeito tem um projeto de melhoria da cidade onde ele mora. Em tese, acredito nisso. Fui candidato três vezes e sempre tive projeto. Se gostaram ou não, obviamente não gostaram, porque eu não fui eleito. Acho que todos eles podem pleitear a candidatura. Entre pleitear e vencer o pleito, há uma distância muito grande. Vejo poucos com condições de ganhar.
Folha — Dos nomes citados, que você vê?
Makhoul — Quem eu vejo com mais chances de enfrentar o Rafael é o Wladimir. Até pelo histórico familiar. E, depois do Wladimir, o Caio. Rafael é o prefeito. Quer queira ou não, está com a máquina na mão.
Folha — Entre Wladimir e Caio, quem você acha mais preparado?
Makhoul — Seria muito leviano da minha parte. Não conheço o Caio, mais ou menos o Wladimir. Só estive com Caio uma vez, em 2012. Gostei da performance dele na última eleição, achei um jovem bem centrado, mas não posso falar mais nada. O Wladimir eu conheço de “oi, tudo bem”... tive uma conversa com ele, recente, e achei uma postura saudável em termos políticos.
Folha — Não é como o pai?
Makhoul — Não achei parecido com o pai.
Folha — Não parecer com o pai é uma virtude ou um defeito?
Makhoul — Na maneira de falar, de se posicionar... eu acho uma virtude. Nesse caso, não se parecer com o pai é uma virtude.

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