Presidente do Tec Campos explica trabalho e projetos da incubadora de empresas
Maria Laura Gomes 17/07/2019 07:48 - Atualizado em 19/07/2019 13:39
Henrique da Hora no Folha no Ar
Henrique da Hora no Folha no Ar / Isaías Fernandes
Presidente reeleito do Tec Campos e professor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Henrique da Hora foi o convidado da primeira edição do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, desta quarta-feira (17). Ele comentou sobre o trabalho realizado pela primeira incubadora de empresas do Norte Fluminense, criada em 2008 para fomentar o empreendedorismo no município, e sobre a importância de desenvolver tecnologia na região. O presidente também falou sobre um projeto que está sendo desenvolvido no município, que contou com a ajuda do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), e afirmou que os empresários tradicionais também podem inovar.
— Empreender não é fácil no país. É um desafio. Os empresários sabem o quão difícil é difícil é você pagar os seus impostos, manter os salários. 60% das empresas que são abertas, elas fecham nos seus dois primeiros anos. E isso é ruim para a economia, porque a pessoa coloca seus recursos para abrir um negócio, realizar um sonho e, em dois anos, ela tem que fechar. E a Tec Campos é um ambiente pouco mais protegido no qual empresas nascentes podem ter suporte inicial é, um local onde a empresa vai poder se instalar, vai ter menos custo. Tudo é compartilhado e diminui os custos para quem está começando. É um olhar de experiência para o negócio nascente — detalhou.
Em relação aos projetos desenvolvidos no município, o professor deu exemplo de um aluno que trabalhava com inspeção de dutos e, após concluir o curso de Engenharia de Controle e Automação, resolveu desenvolver um robô de inspeção, mesmo com poucos recursos.
— Se você é empreendedor e você quer inovar, você consegue ali dividir por pelos menos três o seu projeto. Um terço do projeto vai ser pago pela EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial); um terço, que são as nossas instalações, vai ser pago pelo IFF; e um terço é o empreendedor que vai chegar lá. Ele usou o que a gente chama de ecossistema. Ele foi à EMBRAPPI e já pegou o custo do projeto e dividiu por três. O terço que teria que pagar, ele utilizou a linha Fundecam inovador e pegou um financiamento para pagar a sua parte. Ele foi pra Tec Campos, porque ele era um técnico excelente, mas ainda não tinha desenvolvido as habilidades de empreendedor. Esse robô já apareceu na página oficial do MEC. Ele está prestando serviços no Nordeste, na Região dos Lagos e isso nos deixa muito orgulho porque é uma tecnologia desenvolvida em Campos — analisou Henrique.
Apesar dos novos projetos de empreendedorismo, o presidente explicou que empresários tradicionais também têm espaço para inovar:
— O negócio dele já é tradicional. Eu vou ensinar a um empreendedor de 30, 40 anos que está no mercado? Na verdade, ele que vai me ensinar. Então ali, na questão do empreendedorismo, eu tenho mais a aprender do que ensinar. Agora, na inovação, se ele quer inovar, a gente vai falar enquanto ecossistema. Ele não vai bater na minha porta da Tec Campos. Ele vai bater ali, entre Campos e São João da Barra, no km 7, no polo de inovação, que é o Polo EMBRAPII. Lá, a gente compartilha o risco e, se a ideia for boa, a gente casa dinheiro com ele, um terço. Só não inova em Campos quem não quer.
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