Alexandre Buchaul comenta sobre cenário político no programa Folha no Ar
Virna Alencar 15/07/2019 07:39 - Atualizado em 17/07/2019 17:04
Alexandre Buchaul no Folha no Ar
Alexandre Buchaul no Folha no Ar / Isaías Fernandes
O cirurgião-dentista e prefeitável, Alexandre Buchaul, foi o entrevistado da primeira edição desta segunda-feira (15) do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Na oportunidade, ele comentou sobre a política nacional e local, com destaque para a Reforma da Previdência, e analisou o cenário político para a eleição municipal de 2020. Nesta terça-feira (16), o convidado do programa será o presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Felipe Quintanilha, que falará sobre o novo sistema de transporte público de Campos.
Sobre a Reforma da Previdência, Alexandre se mostrou favorável às medidas adotadas no governo sob a presidência de Jair Bolsonaro. “A Reforma da Previdência é necessária, não é uma questão ideológica. O Brasil não se preparou para o envelhecimento. Nós temos uma população mais velha hoje que não foi assistida em termos de educação quando precisava e que agora não é assistida pela Previdência, pelos serviços de saúde. A população que se aposenta mais cedo é justamente aquela que está nos esportes, que tem uma condição de vida melhor e que permite que viva mais tempo; é que se aposenta por tempo de serviço e não por idade e possui as aposentadorias mais altas. As pessoas que se aposentam com uma média mais baixa, estão próximas de um salário mínimo, já se aposentavam muito próximas da idade de 65 para homens e 62 para mulheres. Nós vamos empurrando o problema para frente ao invés de resolver, então, acho que foi importante a reforma”, declarou.
No âmbito municipal, o prefeitável afirmou que os Garotinho fizeram um arraso na Previdência pública municipal, o que, segundo ele, justifica ainda mais a necessidade de reforma. “A Previdência acaba sendo sempre alvo de rapinagem, furto, roubalheira, porque demora a dar problema. A Previdência municipal explode quando o servidor vai se aposentar. Quando vai para a Previdência a nível federal, Garotinho se coloca como defensor do povo. Mas enquanto estava na Prefeitura? E agora as previdências públicas estaduais e municipais precisarão passar por reforma. Acho estranho que os rapinadores de Campos não tenham permanecidos presos. Também me causa estranheza que isso não tenha sido mais exposto pelo atual prefeito”, afirmou.
Sobre o projeto do Centro de Tratamento do Ictus Cárdio-cerebrovascular, que pretende amenizar os problemas na saúde de Campos, apresentado pelo assessor especial do prefeito Rafael Diniz, Makhoul Moussalem, em entrevista publicada na edição da Folha1, neste sábado (13), disse discordar devido ao momento de contingenciamento de despesas da Prefeitura de Campos por falta de arrecadação, conforme declarado pelo próprio prefeito, na última sexta-feira.
Ele, que durante 10 anos foi filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), afirmou estar procurando partidos. Sobre o cenário político para a eleição de 2020, apontou principais problemas em relação aos candidatos à Prefeitura de Campos.
“Vejo Rafael chegar muito desgastado em 2020, acho que ele terá dificuldade em reverter esse desgaste. Por outro lado, Wladimir também traz uma rejeição forte de Garotinho, que tem uma memória muito ruim com relação a todas as questões policiais envolvidas, como a PreviCampos, a prisão dele e Rosinha, a Operação Caixa D'Água, Chequinho, além do envolvimento de Wladimir na suposta compra de votos, tem a Operação Verde Oliva, uma série de coisas acontecendo ao entorno que podem prejudicá-lo. Caio Vianna tem o recall do Arnaldo, mas tem uma série de problemas, e ainda coloca mais um componente, Rodrigo Bacellar, que declarou apoio a ele. Gil Vianna acredito que não venha a ser candidato, acho que vai recuar, além disso não reage bem a debate”, opinou.
Entre as críticas do atual governo municipal, ele afirmou que secretários não estão conseguindo se comunicar com a população e executar projetos. Também fez um comparativo sobre a popularidade de Rafael e Bolsonaro, que qualificou como decadentes.
“Acho que o governo não acordou para algumas coisas ainda. Secretários não estão conseguindo se comunicar com a população, executar projetos. O projeto do transporte, por exemplo, vem desde a candidatura e estava agarrado com o ex-secretário, Renato Siqueira, e agora veio com Felipe Quintanilha, que com toda dificuldade está conseguindo implementar. Bolsonaro é muito forte, mas toda tendência de governo é desgaste ao longo do tempo. Se a gente observar Rafael, ganhou a eleição no primeiro turno, em uma situação muito difícil contra a máquina, teve 150 mil votos, que é quase a metade do eleitorado de Campos, sendo adorado pela população, aí ele vem numa onda decrescente e chega a situação de rejeição que está hoje. Bolsonaro vai caminhar por aí também”, finalizou.
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