A pesquisa Datafolha de intenção de votos para o Governo do Estado divulgada nessa quinta-feira (25) confirmou a tendência de queda do candidato Wilson Witzel (PSC) e a ascensão de Eduardo Paes (DEM) mostrada pelo Ibope dois dias antes. O crescimento do ex-prefeito foi puxado pelo bom desempenho na capital, onde tomou a liderança. No entanto, o grande trunfo de Witzel está no interior, onde possui 65% contra 35% do adversário. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

De acordo com o instituto, o ex-juiz federal continua na liderança da corrida pela sucessão do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), com 56% dos votos válidos, contra 44% de Paes. A vantagem do candidato do PSC caiu 10% em relação a sondagem anterior, divulgada no dia 18 de outubro. Levando em consideração apenas a cidade do Rio de Janeiro, o candidato do DEM superou Witzel e chegou a 52% das intenções de votos válidos, diante dos 48% do ex-juiz federal.

No entanto, mesmo com apoio da ampla maioria dos prefeitos no interior, Eduardo Paes não tem conseguido angariar os votos fora da capital. No Norte Fluminense, apenas em Quissamã o ex-prefeito foi o mais votado no primeiro turno. Em Campos, que tem o prefeito Rafael Diniz (PPS) no mesmo partido do vice de Paes, o deputado estadual Comte Bittencourt, Paes foi apenas o terceiro colocado, atrás de Witzel e Romário (Pode).

De acordo com o Datafolha, Witzel lidera entre os homens 62% das intenções de votos válidos, diante de 38% de Paes, no entanto, entre as mulheres o instituto aponta um empate em 50%. O candidato do PSC também é o primeiro colocado em quase todos os grupos de faixa-etária: 55% a 44%, entre 16 e 24 anos; 60% a 40%, entre 25 a 34 anos; 59% a 41%, entre 35 a 44 anos; e 58% a 42%, entre 45 a 59 anos. No entanto, entre os mais velhos, de 60 anos ou mais, também há empate.

O ex-juiz tem ampla vantagem entre os eleitores com ensino médio completo (65% a 35%), mas perde entre os menos escolados (53% a 47% para Paes), enquanto há empate entre aqueles com ensino superior completo.

Entre os mais pobres, que recebem até dois salários mínimos, Witzel aparece à frente (55% a 44%), mesmo percentual entre os mais ricos, que ganham mais do que dez salários mínimos. O ex-magistrado também é o mais citado entre quem recebe de dois a cinco salários (60% a 40%), mas perde no grupo que ganha de cinco a dez salários (52% a 48% para Paes).