Escritor lança livro sobre a vocação portuária de Macaé
12/10/2018 12:54 - Atualizado em 15/10/2018 16:28
Professor Ricardo Meirelles
Professor Ricardo Meirelles / Divulgação
O escritor e teatrólogo Ricardo Meirelles lançou nessa quinta-feira (11), no Solar dos Mellos – Museu da cidade de Macaé, o livro “Macaé Portuária — A luta de uma cidade por seu porto”. A obra, que tem o apoio da prefeitura, por meio da secretaria de Cultura, baseia-se em pes-quisa científica que abrange o período do final do século XIX até os dias atuais e enfoca os saltos de desenvolvimento político, econômico, social e cultural, ocorridos após a consolida-ção de portos na cidade.
Segundo o historiador, a pesquisa partiu da curiosidade de um grupo de visitantes ao Solar dos Mellos – Museu da cidade de Macaé, em 2017, quando Meirelles exercia a função de direção deste espaço. “Eles queriam saber sobre a história da Casa da Alfândega e percebi aí uma lacuna. Não tínhamos informações disponíveis. Então, iniciei a pesquisa em 2018”, disse Ricardo Meirelles.
O pesquisador explica que, no final do século XIX, quando ocorreu a estruturação e conse-quente aumento da movimentação de carga agrícola, especialmente sacas de café, pelo Por-to Natural de Macaé, um recôncavo localizado no bairro Imbetiba, verifica-se um desenvol-vimento populacional. Esse crescimento, não apenas quantitativo, como também qualitativo, mostrou o prestígio político e cultural do município antes e após a criação de um posto alfan-degário. Pelo Porto Natural eram escoadas as produções cafeeiras que vinham principalmen-te de Cantagalo-RJ, sacas transportadas por burros, e também de Glicério, distrito da Região Serrana de Macaé, por balsas através do Rio Macaé.
“Das décadas a partir de 1950 às do início dos anos 1980, por exemplo, os empregos vinham principalmente da Fábrica Lince, de bebidas, e das indústrias têxteis. Suas gestões eram lo-cais. A partir de 1980, com a implementação da indústria de petróleo e gás, as grandes redes de lojas e hotéis de bandeiras internacionais vieram para a cidade. Com a criação do Porto de Imbetiba, houve um momento de força econômica. Agora estamos em outro, no qual um terminal portuário poderia vir a marcar uma nova fase de desenvolvimento. Mas, atualmen-te, com uma consciência ambiental que faltava nos momentos anteriores”, completa Ricardo.
O livro pode ser encontrando nas principais livrarias de Macaé e de outras cidades do Estado do Rio de Janeiro. (A.N.)

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