Thiago Virgílio: 'Nosso grupo tem condições de eleger três deputados estaduais'
O ex-vereador e presidente do Agir em Campos, Thiago Virgílio, foi o entrevistado dessa terça-feira (4) no programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Ele analisou a reeleição do prefeito Wladimir Garotinho (PP), líder de seu grupo político, e também a reeleição unânime do presidente da Assembleia Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar. Virgílio também falou sobre a eleição da Mesa Diretora na Câmara de Campos e disse que não há ressentimento pela derrota de Juninho Virgílio, seu irmão, e a vitória de Fred Rangel (PP). Sobre 2026, o ex-vereador afirmou que seu grupo político tem condições de fazer 80 mil votos na eleição para deputado estadual e eleger três nomes. Ele também falou da possibilidade de assumir um cargo no governo Wladimir, talvez a Codemca.
Wladimir reeleito — “A gente acredita que isso daí tudo foi fruto do trabalho dele. O Wladimir é jovem que tem muita disposição para trabalhar, não tem tempo ruim. É um cara que está na rua, que durante esses quatro anos esteve na rua. Ele esteve na rua num momento de pandemia, num momento que não podia nem estar na rua. E aquele primeiro ano ali, com toda dificuldade, ele conseguiu colocar a briga no lugar e surpreendeu muita gente. Aqueles mais próximos já imaginavam que com o empenho e com a determinação que ele tem, isso aí é indiscutível. A determinação que ele tem é gigante. Acho que o resultado foi o reconhecimento da população. O povo entender que realmente ele fez e que pode fazer muito mais, que deveria continuar. Tivemos uma outra opção de uma candidatura nova e o povo já veio meio preocupado, meio com medo realmente.”
Bacellar reeleito — “Nunca houve uma unanimidade no parlamento regional, na Alerj. Foi a primeira vez que 70 deputados votaram por unanimidade. Isso mostra o poder de articulação de Rodrigo, que a gente sempre falou. No nosso grupo, temos algumas divergências política com ele. Ele faz parte de um grupo político e a gente faz parte de outro grupo, mas é indiscutível. Não tem como negar o poder de articulação do Rodrigo. Eu conheço o Rodrigo de perto, conheço a família e nisso aí não dá para fazer vista grosa não. Os caras são articulados. O Rodrigo, principalmente o Rodrigo, ele quando seu Marco era vereador, veio candidato a deputado uma vez faltou pouco para ganhar. O Rodrigo era um articulador. É um cara tranquilo, é muito firme. Aquilo que o Rodrigo combinar com você, pode dormir tranquilo que vai cumprir, é de palavra.”
Situações jurídicas — “Pelo Garotinho ter vindo candidato a vereador no Rio, ele precisou superar algumas barreiras jurídicas e ali ele afastou a inelegibilidade dele. Ele voltou a estar elegível e aí, eu, o Kelinho, a Linda Mara e o Jorge Rangel também fomos. Pegamos uma carona com o Garotinho na questão jurídica e pedimos extensão do benefício. E a gente conseguiu também ficar novamente elegível. Naquele momento a gente só comemorou, falei para o prefeito no dia também. A gente se emocionou porque foi tenso. A operação Chequinho foi tenso pra mim. Fiquei cinco meses atrás de uma grade.”
Erros — “Acho que não dá pra gente errar mais. Eu acho que a gente já errou bastante, a gente não pode errar mais. Acredito que para essa agora aí o prefeito vai ter um cuidado antes de definir qual é o jogo, quem que vai entrar para realmente disputar, para ganhar a eleição.”
Candidatura em 2024 — “Juninho falou: ‘Thiago, eu acho que é importante você vir para mostrar que você está no jogo, que você já está elegível. E também é um recado para 2026, é um salve para 2026. Olha, estou aí’. Nós não nos arrependemos do que a gente fez. Mas a gente nunca mais faz isso não. Então foi importante para 2026 a gente ter vindo. Agora, não tem como a gente dizer que não foi ousado, arriscado, mas também muito disciplinado.”
Cargo no governo — “Eu recebi um convite do prefeito, gabinete dele me chamou. Eu estava até acompanhado meu irmão, vereador Juninho Virgílio, e o prefeito passou a preocupação de querer dar uma repaginada na secretaria de Governo e fez esse convite. Ele já tinha feito lá atrás, mas ali nesse dia falou: ‘e aí vamos para a Secretaria de Governo? Preciso que você assuma lá’. E eu passei para o prefeito a minha preocupação de estar assumindo primeiro uma pasta que, no meu entendimento, precisava ter uma pessoa que não disputasse a eleição de 2026. Para que não pudesse ter ruídos dentro do grupo, que ali é complicado. E sei que eu, no meu caso, estou falando por mim, sofreria muitas pedradas internas, muito fogo amigo. Eu não tenho dúvida que isso iria acontecer, iria dizer que eu estava atropelando todo mundo, porque só visando 2026. E a gente já tem uma experienciazinha dentro do grupo e a vai chegando numa idade que se a gente puder evitar algumas coisas, evita.”
Codemca — “Eu passei para o prefeito porque achei que eu encontraria alguma dificuldade, dificuldades que eu encontro já no dia a dia. Agradeci. Não posso falar realmente, eu que pedi para dar uma segurada e depois ele me fez um outro convite da Codemca. Falei, vamos conversar mais um pouco aí. Acredito que esse próximo dia a gente vai estar conversando e definindo essa questão. O nosso grupo político que está à frente da Codemca, independente de eu ser o presidente ou não. Está como presidente o Afrânio. Encontramos muita dificuldade na primeira gestão do prefeito, mas a gente acredita e até pela conversa que a gente teve com o prefeito, nós teremos condições. Tivemos dificuldade orçamentária, até mesmo porque a Codemca ela era dividida para três grupos políticos. Era os Virgílio, era Álvaro Oliveira e era o Juninho Jubiraca também que cuidava do cemitério e agora a Codemca vem para o grupo dos Virgílio de porteira fechada. Porque muitas das vezes o que Afrânio me passava é o seguinte, às vezes ele queria uma informação de um setor, mas tinha uma dificuldade. Pensava em fazer alguma coisa, mas tinha que respeitar porque são acordos políticos. O acordo é para ser respeitado. Se aquele setor é de um político tal, você não pode sair atropelando e quando dá de porteira fechada você tem autonomia.”
Caio Vianna — “Acredito que Caio vai ser um ótimo secretário de Governo e fiquei muito feliz com a nomeação dele, porque é um cara que teve um peso muito grande na campanha agora do prefeito Wladimir Um cara que foi muito correto com o prefeito e eu acredito que o prefeito vai dar condições, autonomia. Porque se for nomeado lá, mas não tiver autonomia, vai ficar patinando, então precisa de autonomia. Acredito que Caio, com a experiência que já tem, não entraria lá sem autonomia. Agora vai se destacar, não tenho dúvida. E Caio tem as pretensões dele, que eu não posso dizer quais são. Mas com certeza vai estar disputando uma eleição ano que vem, com apoio do nosso grupo político, apoio do prefeito. Então tenho certeza que vai fazer um bom trabalho e ano que vem vai estar eleito, só não sei qual cargo, se é estadual, se ele vem a federal. Não sei, mas acredito que o cargo que for definido, ele terá êxito porque foi muito correto com o nosso grupo. Eu mesmo torço muito para que Caio faça uma ótima gestão à frente da secretaria de Governo.”
Eleição para deputado — “Acredito que o nosso grupo político faz facilmente para a eleição de deputado estadual 80 mil votos. Então lançando três candidaturas a deputado estadual tem condição de eleger os três. A gente sabe que os partidos vêm diminuindo, então aumenta o sarrafo também. Acredito que 40 mil votos é uma votação que, independentemente do partido que você esteja, com 40 mil votos, você vira deputado estadual, independente da nominata da legenda. Então a ideia desses 80 mil votos, dividir para os três uma média de 25 mil votos para cada um e dar condições da gente conseguir mais 15 mil votos fora. Dá 40 mil votos e aí o grupo faz três deputados. Então esse é o novo acordo para 2026 que nós temos com o prefeito. Que um dos três candidatos a deputado estadual com apoio dele e do Frederico para o nosso grupo político.”
Presidência da Câmara — “Não ficou ressentimento. A gente conversou com o prefeito antes, durante e após. A gente só explicou a ele o motivo que era importante para a gente, manter a palavra que nós temos. Cada um tem suas pretensões, suas vontades. A gente, eu e o Juninho, o pessoal chama os Virgílio, a gente quer ser lembrado como pessoas de palavra. E, a partir do momento que a gente sai particular com aval do prefeito, em cima de um combinado que tinha com o prefeito, dizendo que a gente não retiraria a candidatura. Porque quando a gente sentava com o vereador, ele falava assim, vocês estão botando para negociar, para chegar na hora retirar e pedir mais algum espaço para o prefeito. Falava, não, nossa candidatura é inegociável, nós somos candidatos, e muitas pessoas não acreditaram nisso. Falaram, na hora vai sentar com o prefeito, vai pedir mais uma secretaria.”
Acordos — “Assim, é o que a gente sempre fala, tem que ter muita calma, muita cautela na hora de combinar com as pessoas. Isso é importante. E a única coisa que a gente pediu não houve ressentimento nenhum. A única coisa que a gente pediu ao prefeito, que a partir daquele momento tivesse mais cautela na hora de conversar com a gente, na hora de combinar. E não é não só com a gente, mas acho que tem que ter essa cautela com todo mundo. Wladimir é um cara carismático demais, midiático, e o pessoal precisa se vigiar, se moldar um pouco na hora de combinar. Tem que ter calma, que às vezes na emoção pega o cara num dia muito feliz. Vamos acalmar, não precisa ter pressa. Combinou, nós vamos contar com aquilo. E a mesma coisa para eleição de deputado estadual. Hoje sou pré-candidato, foi combinado com o prefeito. Eu falei, prefeito, é isso mesmo? Vice-prefeito estava junto. Porque fica ruim para caramba para a gente, você combina e depois. Então essa pré-candidatura não é do nada, está conversado com o prefeito. A gente já saiu prejudicado na eleição de deputado estadual, Juninho poderia estar com o deputado estadual. Fomos prejudicados na eleição de deputado federal, Juninho hoje poderia estar em Brasília ajudando o nosso município. A importância que é o município ter um deputado federal, hoje nós não temos. A Mesa, a gente estava contando esse mesmo combinado, aí teve a dificuldade. Ele passou, a gente falou, não está tudo certo e para 2026 agora vamos conversar com calma para não errar mais”.
Pré-candidaturas — “E foi combinado isso que o grupo vai lançar três candidaturas. Bruno Dauaire, de repente Caio Vianna se acordar de Caio ser estadual e a gente. Então a coisa já está desenhada e aí dá condições para a gente trabalhar. Eu não sou aquele cara que precisa me pegar no colo. Só me dá condições. Combinou, cumpriu, a gente vai embora e a gente sabe trabalhar. Acredito que para 2026, o nosso grupo terá três deputados estaduais e pelo menos um deputado federal.”
Convite de Paes — “Realmente houve sim um convite do Eduardo Paes para ele ser o vice. Wladimir está tendo muita cautela, está tendo muita tranquilidade em relação a fazer qualquer tipo de movimento. Eu acho que está correto, tem que esperar primeiro ficar mais claro esse jogo aí. Porque para também não dar passo errado, não tem porquê. Ele acabou de ganhar uma eleição para prefeito e analisar com calma. Mas acredito que ele tem totais condições de estar numa chave majoritária para governo do Estado do Rio de Janeiro.”
Relação partidária — “Nunca escondi o carinho que eu tenho pelo Agir, que é o antigo PTC, que lá atrás já foi PRN. Elegeu à época o presidente Collor e aí é o mesmo CNPJ, só vem mudando de nome. Tenho um carinho muito grande pelo Agir, porque foi o partido que me deu condições, foi onde me projetei. Em 2012 fizemos dois vereadores, eu à frente da presidência do partido. Fomos eu e meu amigo vereador Oséias. Em 2016 como presidente elegemos eu, Linda Mara e Roberto Pinto. Então o Agir, apesar de nacionalmente ser um partido pequeno, em Campos sempre foi um partido grande, sempre teve as maiores bancadas aqui na Câmara Municipal. A gente sempre faz um trabalho legal. Para agora nessa de 2024, eu ajudei a montar o Podemos, partido de Juninho, que era o projeto principal do nosso grupo político, grupo dos Virgílio e eu tive que ter toda a cautela ali, colocar Juninho no partido onde ele tivesse reais chances e até uma certa tranquilidade de se eleger. E a gente vem conversando também. Amanhã (hoje, 5) mesmo estaremos com o presidente estadual do Podemos aqui em Campos, Felipe Pereira. E já fez o convite, a gente está analisando. Ele sabe do carinho que eu tenho pelo Agir, mas a gente precisa também entender qual o futuro do Agir”.
Federações — “Geralmente esses acordos são assim. Olha o estado do Rio, o Solidariedade tem interesse em 40 municípios, são esses 40 aqui. Ah, eu quero os outros 52. Então começa a ter uma troca. Campos é meu, Campos quem vai escolher é o doutor Daniel Tourinho (presidente nacional do Agir), ou vai ser o Áureo, que é o presidente estadual de Solidariedade, dando exemplo. Então não dá para saber ainda porque isso vem de cima para baixo, o que cabe a gente aqui é dizer o que a gente pensa, olha quero continuar. Se acontecer a federação, eu quero ser o presidente da federação em Campos. São esses acordos, vem muito de cima para baixo. E dependendo dos acordos, não vai agradar à A não vai agradar a B. Porque realmente, às vezes é um acordo muito bom para os partidos nacionalmente falando, mas não é bom regionalmente falando, estadual, não é bom municipal. Tem até março do ano que vem, mas eu fiquei feliz em saber. Foi um partido que eu tenho um carinho muito grande entendeu que não há outro caminho a não ser buscar uma federação, incorporação ou fusão. Que seriam são os três caminhos existentes para o partido tomar porque a tendência é diminuir os partidos, como já vem acontecendo. E se não, o partido vai ficar só com o CNPJ, não vai nem conseguir participar com candidatos nas eleições. Essa cláusula de barreira ela veio e é pesada, é difícil ultrapassar.”
Bacellar reeleito — “Nunca houve uma unanimidade no parlamento regional, na Alerj. Foi a primeira vez que 70 deputados votaram por unanimidade. Isso mostra o poder de articulação de Rodrigo, que a gente sempre falou. No nosso grupo, temos algumas divergências política com ele. Ele faz parte de um grupo político e a gente faz parte de outro grupo, mas é indiscutível. Não tem como negar o poder de articulação do Rodrigo. Eu conheço o Rodrigo de perto, conheço a família e nisso aí não dá para fazer vista grosa não. Os caras são articulados. O Rodrigo, principalmente o Rodrigo, ele quando seu Marco era vereador, veio candidato a deputado uma vez faltou pouco para ganhar. O Rodrigo era um articulador. É um cara tranquilo, é muito firme. Aquilo que o Rodrigo combinar com você, pode dormir tranquilo que vai cumprir, é de palavra.”
Situações jurídicas — “Pelo Garotinho ter vindo candidato a vereador no Rio, ele precisou superar algumas barreiras jurídicas e ali ele afastou a inelegibilidade dele. Ele voltou a estar elegível e aí, eu, o Kelinho, a Linda Mara e o Jorge Rangel também fomos. Pegamos uma carona com o Garotinho na questão jurídica e pedimos extensão do benefício. E a gente conseguiu também ficar novamente elegível. Naquele momento a gente só comemorou, falei para o prefeito no dia também. A gente se emocionou porque foi tenso. A operação Chequinho foi tenso pra mim. Fiquei cinco meses atrás de uma grade.”
Erros — “Acho que não dá pra gente errar mais. Eu acho que a gente já errou bastante, a gente não pode errar mais. Acredito que para essa agora aí o prefeito vai ter um cuidado antes de definir qual é o jogo, quem que vai entrar para realmente disputar, para ganhar a eleição.”
Candidatura em 2024 — “Juninho falou: ‘Thiago, eu acho que é importante você vir para mostrar que você está no jogo, que você já está elegível. E também é um recado para 2026, é um salve para 2026. Olha, estou aí’. Nós não nos arrependemos do que a gente fez. Mas a gente nunca mais faz isso não. Então foi importante para 2026 a gente ter vindo. Agora, não tem como a gente dizer que não foi ousado, arriscado, mas também muito disciplinado.”
Cargo no governo — “Eu recebi um convite do prefeito, gabinete dele me chamou. Eu estava até acompanhado meu irmão, vereador Juninho Virgílio, e o prefeito passou a preocupação de querer dar uma repaginada na secretaria de Governo e fez esse convite. Ele já tinha feito lá atrás, mas ali nesse dia falou: ‘e aí vamos para a Secretaria de Governo? Preciso que você assuma lá’. E eu passei para o prefeito a minha preocupação de estar assumindo primeiro uma pasta que, no meu entendimento, precisava ter uma pessoa que não disputasse a eleição de 2026. Para que não pudesse ter ruídos dentro do grupo, que ali é complicado. E sei que eu, no meu caso, estou falando por mim, sofreria muitas pedradas internas, muito fogo amigo. Eu não tenho dúvida que isso iria acontecer, iria dizer que eu estava atropelando todo mundo, porque só visando 2026. E a gente já tem uma experienciazinha dentro do grupo e a vai chegando numa idade que se a gente puder evitar algumas coisas, evita.”
Codemca — “Eu passei para o prefeito porque achei que eu encontraria alguma dificuldade, dificuldades que eu encontro já no dia a dia. Agradeci. Não posso falar realmente, eu que pedi para dar uma segurada e depois ele me fez um outro convite da Codemca. Falei, vamos conversar mais um pouco aí. Acredito que esse próximo dia a gente vai estar conversando e definindo essa questão. O nosso grupo político que está à frente da Codemca, independente de eu ser o presidente ou não. Está como presidente o Afrânio. Encontramos muita dificuldade na primeira gestão do prefeito, mas a gente acredita e até pela conversa que a gente teve com o prefeito, nós teremos condições. Tivemos dificuldade orçamentária, até mesmo porque a Codemca ela era dividida para três grupos políticos. Era os Virgílio, era Álvaro Oliveira e era o Juninho Jubiraca também que cuidava do cemitério e agora a Codemca vem para o grupo dos Virgílio de porteira fechada. Porque muitas das vezes o que Afrânio me passava é o seguinte, às vezes ele queria uma informação de um setor, mas tinha uma dificuldade. Pensava em fazer alguma coisa, mas tinha que respeitar porque são acordos políticos. O acordo é para ser respeitado. Se aquele setor é de um político tal, você não pode sair atropelando e quando dá de porteira fechada você tem autonomia.”
Caio Vianna — “Acredito que Caio vai ser um ótimo secretário de Governo e fiquei muito feliz com a nomeação dele, porque é um cara que teve um peso muito grande na campanha agora do prefeito Wladimir Um cara que foi muito correto com o prefeito e eu acredito que o prefeito vai dar condições, autonomia. Porque se for nomeado lá, mas não tiver autonomia, vai ficar patinando, então precisa de autonomia. Acredito que Caio, com a experiência que já tem, não entraria lá sem autonomia. Agora vai se destacar, não tenho dúvida. E Caio tem as pretensões dele, que eu não posso dizer quais são. Mas com certeza vai estar disputando uma eleição ano que vem, com apoio do nosso grupo político, apoio do prefeito. Então tenho certeza que vai fazer um bom trabalho e ano que vem vai estar eleito, só não sei qual cargo, se é estadual, se ele vem a federal. Não sei, mas acredito que o cargo que for definido, ele terá êxito porque foi muito correto com o nosso grupo. Eu mesmo torço muito para que Caio faça uma ótima gestão à frente da secretaria de Governo.”
Eleição para deputado — “Acredito que o nosso grupo político faz facilmente para a eleição de deputado estadual 80 mil votos. Então lançando três candidaturas a deputado estadual tem condição de eleger os três. A gente sabe que os partidos vêm diminuindo, então aumenta o sarrafo também. Acredito que 40 mil votos é uma votação que, independentemente do partido que você esteja, com 40 mil votos, você vira deputado estadual, independente da nominata da legenda. Então a ideia desses 80 mil votos, dividir para os três uma média de 25 mil votos para cada um e dar condições da gente conseguir mais 15 mil votos fora. Dá 40 mil votos e aí o grupo faz três deputados. Então esse é o novo acordo para 2026 que nós temos com o prefeito. Que um dos três candidatos a deputado estadual com apoio dele e do Frederico para o nosso grupo político.”
Presidência da Câmara — “Não ficou ressentimento. A gente conversou com o prefeito antes, durante e após. A gente só explicou a ele o motivo que era importante para a gente, manter a palavra que nós temos. Cada um tem suas pretensões, suas vontades. A gente, eu e o Juninho, o pessoal chama os Virgílio, a gente quer ser lembrado como pessoas de palavra. E, a partir do momento que a gente sai particular com aval do prefeito, em cima de um combinado que tinha com o prefeito, dizendo que a gente não retiraria a candidatura. Porque quando a gente sentava com o vereador, ele falava assim, vocês estão botando para negociar, para chegar na hora retirar e pedir mais algum espaço para o prefeito. Falava, não, nossa candidatura é inegociável, nós somos candidatos, e muitas pessoas não acreditaram nisso. Falaram, na hora vai sentar com o prefeito, vai pedir mais uma secretaria.”
Acordos — “Assim, é o que a gente sempre fala, tem que ter muita calma, muita cautela na hora de combinar com as pessoas. Isso é importante. E a única coisa que a gente pediu não houve ressentimento nenhum. A única coisa que a gente pediu ao prefeito, que a partir daquele momento tivesse mais cautela na hora de conversar com a gente, na hora de combinar. E não é não só com a gente, mas acho que tem que ter essa cautela com todo mundo. Wladimir é um cara carismático demais, midiático, e o pessoal precisa se vigiar, se moldar um pouco na hora de combinar. Tem que ter calma, que às vezes na emoção pega o cara num dia muito feliz. Vamos acalmar, não precisa ter pressa. Combinou, nós vamos contar com aquilo. E a mesma coisa para eleição de deputado estadual. Hoje sou pré-candidato, foi combinado com o prefeito. Eu falei, prefeito, é isso mesmo? Vice-prefeito estava junto. Porque fica ruim para caramba para a gente, você combina e depois. Então essa pré-candidatura não é do nada, está conversado com o prefeito. A gente já saiu prejudicado na eleição de deputado estadual, Juninho poderia estar com o deputado estadual. Fomos prejudicados na eleição de deputado federal, Juninho hoje poderia estar em Brasília ajudando o nosso município. A importância que é o município ter um deputado federal, hoje nós não temos. A Mesa, a gente estava contando esse mesmo combinado, aí teve a dificuldade. Ele passou, a gente falou, não está tudo certo e para 2026 agora vamos conversar com calma para não errar mais”.
Pré-candidaturas — “E foi combinado isso que o grupo vai lançar três candidaturas. Bruno Dauaire, de repente Caio Vianna se acordar de Caio ser estadual e a gente. Então a coisa já está desenhada e aí dá condições para a gente trabalhar. Eu não sou aquele cara que precisa me pegar no colo. Só me dá condições. Combinou, cumpriu, a gente vai embora e a gente sabe trabalhar. Acredito que para 2026, o nosso grupo terá três deputados estaduais e pelo menos um deputado federal.”
Convite de Paes — “Realmente houve sim um convite do Eduardo Paes para ele ser o vice. Wladimir está tendo muita cautela, está tendo muita tranquilidade em relação a fazer qualquer tipo de movimento. Eu acho que está correto, tem que esperar primeiro ficar mais claro esse jogo aí. Porque para também não dar passo errado, não tem porquê. Ele acabou de ganhar uma eleição para prefeito e analisar com calma. Mas acredito que ele tem totais condições de estar numa chave majoritária para governo do Estado do Rio de Janeiro.”
Relação partidária — “Nunca escondi o carinho que eu tenho pelo Agir, que é o antigo PTC, que lá atrás já foi PRN. Elegeu à época o presidente Collor e aí é o mesmo CNPJ, só vem mudando de nome. Tenho um carinho muito grande pelo Agir, porque foi o partido que me deu condições, foi onde me projetei. Em 2012 fizemos dois vereadores, eu à frente da presidência do partido. Fomos eu e meu amigo vereador Oséias. Em 2016 como presidente elegemos eu, Linda Mara e Roberto Pinto. Então o Agir, apesar de nacionalmente ser um partido pequeno, em Campos sempre foi um partido grande, sempre teve as maiores bancadas aqui na Câmara Municipal. A gente sempre faz um trabalho legal. Para agora nessa de 2024, eu ajudei a montar o Podemos, partido de Juninho, que era o projeto principal do nosso grupo político, grupo dos Virgílio e eu tive que ter toda a cautela ali, colocar Juninho no partido onde ele tivesse reais chances e até uma certa tranquilidade de se eleger. E a gente vem conversando também. Amanhã (hoje, 5) mesmo estaremos com o presidente estadual do Podemos aqui em Campos, Felipe Pereira. E já fez o convite, a gente está analisando. Ele sabe do carinho que eu tenho pelo Agir, mas a gente precisa também entender qual o futuro do Agir”.
Federações — “Geralmente esses acordos são assim. Olha o estado do Rio, o Solidariedade tem interesse em 40 municípios, são esses 40 aqui. Ah, eu quero os outros 52. Então começa a ter uma troca. Campos é meu, Campos quem vai escolher é o doutor Daniel Tourinho (presidente nacional do Agir), ou vai ser o Áureo, que é o presidente estadual de Solidariedade, dando exemplo. Então não dá para saber ainda porque isso vem de cima para baixo, o que cabe a gente aqui é dizer o que a gente pensa, olha quero continuar. Se acontecer a federação, eu quero ser o presidente da federação em Campos. São esses acordos, vem muito de cima para baixo. E dependendo dos acordos, não vai agradar à A não vai agradar a B. Porque realmente, às vezes é um acordo muito bom para os partidos nacionalmente falando, mas não é bom regionalmente falando, estadual, não é bom municipal. Tem até março do ano que vem, mas eu fiquei feliz em saber. Foi um partido que eu tenho um carinho muito grande entendeu que não há outro caminho a não ser buscar uma federação, incorporação ou fusão. Que seriam são os três caminhos existentes para o partido tomar porque a tendência é diminuir os partidos, como já vem acontecendo. E se não, o partido vai ficar só com o CNPJ, não vai nem conseguir participar com candidatos nas eleições. Essa cláusula de barreira ela veio e é pesada, é difícil ultrapassar.”