Campos: Polícia prende homem que contratou executores para matar Letycia
Rafael Khenaifes e Ingrid Silva 21/02/2025 11:11 - Atualizado em 21/02/2025 17:16
Preso contratante de executores
Preso contratante de executores / Divulgação
Na manhã desta sexta-feira (21), um homem identificado como Gabriel Machado foi preso por violação de prisão domiciliar. Ele é apontado como um intermediário do crime que chocou Campos. A mando do companheiro, Diogo Viola, Letycia Peixoto Fonseca foi assassinada em março de 2023. A vítima estava grávida e o bebê também não resistiu. 
Ele foi preso em uma casa, em Guarus, após consulta da geolocalização da tornozeleira. Gabriel foi encaminhado para Delegacia do Centro. O crime, que completará dois anos em 2 de março deste ano, ganhou repercussão nacional. No dia, Letycia estava no carro da empresa em que trabalhava conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto, que pararam ao lado do automóvel.
O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.
Depois do crime, diversas movimentações foram registradas para além das primeiras audiências de instrução sobre o caso. Em meio a protestos dos familiares das vítimas, Letycia e o bebê Hugo, quatro envolvidos foram presos, incluindo o acusado de ser o mandante do crime e também companheiro de Letycia, Diogo Viola de Nadai, preso cinco dias depois pela Polícia Civil. Os outros presos foram: o homem que pilotava a moto, solto dias depois, o intermediário citado acima, e o atirador.
Com o inquérito policial encerrado e investigação que mostrou vida dupla do acusado de ser o mandante, assim como planejamento da morte da gestante, Diogo teve habeas corpus e recurso interposto pela defesa dele negados pela Justiça. Além disso, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro também apresentou denúncia à Justiça contra os quatro. Os acusados serão submetidos ao júri popular, marcado para às 10h do dia 21 de maio, com exceção do Diogo, que recorrerá novamente ao recurso que lhe foi negado no ano passado, na próxima terça-feira (25), com processo desmembrado pela Justiça. 

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