Três dos envolvidos no caso Letycia tem júri marcado para maio
Três dos envolvidos no caso Letycia, reús no processo, vão a júri popular no dia 21 de maio, no Fórum de Campos. Os acusados que serão julgados pelo Tribunal do Júri são o intermediário, que foi preso após violação de prisão domiciliar na manhã desta sexta-feira (21), o homem que estava pilotando a moto no dia do crime e o atirador. Já o acusado de ser o mandante do crime que vitimou a gestante Letycia Peixoto e seu filho Hugo, Diogo Viola de Nadai, terá recurso julgado novamente na próxima terça-feira (25), em sessão virtual no Tribunal de Justiça. Ele teve o recurso de defesa negado no ano passado e tentará novamente. Com isso, ainda não existe uma data para o julgamento de Diogo.
As informações foram confirmadas pelo advogado da família das vítimas, Márcio Marques, na tarde desta sexta-feira (21). Agora, o processo foi desmembrado e seguirá, até então, apenas com os três réus citados. O Tribunal do Júri está marcado para às 10h. O acusado de ser o intermediário do crime, Gabriel Machado, foi preso em uma casa na manhã desta sexta, em Guarus, após consulta da geolocalização da tornozeleira. Ele foi encaminhado para Delegacia do Centro. O crime, que completará dois anos em 2 de março deste ano, ganhou repercussão nacional.
O crime - No dia, Letycia estava no carro da empresa em que trabalhava conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto.
O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.