Hemocentro de Campos necessita de doações de sangue
Yasmim Lima 01/02/2025 08:59 - Atualizado em 01/02/2025 09:01
Hemocentro Regional de Campos
Hemocentro Regional de Campos / Foto: Rodrigo Silveira
O Hemocentro Regional de Campos (HRC) vem enfrentando uma grave situação, com a baixa do estoque de sangue, inclusive, alguns tipos sanguíneos estão com as bolsas zeradas. Isso acontece por conta da falta de doadores. Na última semana, houve dias em que as doações somaram apenas 18, enquanto a média diária ideal é de 70.
De acordo com a assistente social do Hemocentro Regional, Cristiane Barros, este período de verão é o momento em que mais há necessidade de sangue, por conta do aumento de acidentes. “Este período de final e início de ano é um período, sabidamente, difícil, porque aumenta o número de acidentes. A violência urbana em Campos também está bem elevada e nós não temos um número suficiente de doadores para suprir o estoque e ter o suficiente para atender todos os pedidos que chegam diariamente. As cirurgias eletivas continuam acontecendo”, explicou a assistente social.
Cristiane Barros, assistente social do HRC
Cristiane Barros, assistente social do HRC / Foto: Rodrigo Silveira
Cristiane ainda destaca que todos os tipos sanguíneos são bem-vindos, entretendo, as doações dos tipos negativos são as mais difíceis. “Todo e qualquer tipo sanguíneo é bem-vindo, vamos usar para salvar vidas e nunca sobra. Estamos precisando de todos os tipos. Agora, os negativos são os mais difíceis, O, A, B e AB negativo. Nós nunca temos muitos doadores. É bom lembrar que a doação é feita aqui no HRC, que é um hemocentro público, sendo o único público na região Norte e Noroeste Fluminense e que atende a 17 municípios vizinhos. Temos todo o material para receber os doadores. Agora, se as pessoas não vêm, a gente não tem sangue e se não tem sangue é porque não tem doador suficiente e quantidade suficiente para atender a todos os pedidos”, ressaltou.
A assistente social reforça que o hemocentro funciona todos os dias da semana, das 7h às 18h, e que doar sangue é salvar vidas. “É bem básico, um exercício de cidadania e um ato de amor. As pessoas geralmente vêm para doar para um parente ou amigo, mas voluntariamente não vem ninguém. Muitos, às vezes, não têm gente para doar. Vale destacar que as pessoas confundem o jejum de gordura com aquele jejum de exame de sangue, que tem que fazer cedinho, e não é. Você pode se alimentar e depois ir doar, mas se comeu algum alimento gorduroso, a doação é feita depois de três horas”, concluiu Cristiane.
  • Hemocentro Regional de Campos

    Hemocentro Regional de Campos

  • Hemocentro Regional de Campos

    Hemocentro Regional de Campos

  • Hemocentro Regional de Campos

    Hemocentro Regional de Campos

  • Hemocentro Regional de Campos

    Hemocentro Regional de Campos

Rodrigo Bersan compareceu nesta semana ao hemocentro para doar sangue e contou que sua primeira doação foi em 2012. Desta vez, ele compareceu para doar sangue a pedido de um amigo. “Eu fiz minha primeira doação em 2012, quando eu estava no Exército ainda. Depois fiz em 2013, 2016 e 2017. E hoje eu estou aqui por um pedido do meu amigo. A mãe dele está internada no HGG, precisando de sangue, ele me pediu e eu vim. As doações de sangue salvam vidas. A gente nunca sabe o dia de amanhã. Hoje, tem muita gente precisando, mas amanhã pode ser um de nós também”, disse Rodrigo.
O HRC é responsável por atender à demanda de 25 unidades hospitalares, além das urgências e emergências do maior hospital de referência no Norte e Noroeste Fluminense, o Hospital Ferreira Machado (HFM). Com o baixo estoque, os pacientes internados também são afetados, visto que necessitam de sangue para a realização de cirurgias, como é o caso Ivanelio de Oliveira Rangel, internado na UTI do HFM, precisando de doação de sangue para a realização de uma cirurgia.
— Meu pai está internado desde o dia 24 de janeiro. A cirurgia não podia ser feita porque ele não estava estável. A demanda de doação foi informada pela médica, e estamos fazendo a campanha. Algumas pessoas já foram doar, outras ainda irão. A espera sempre é angustiante, mas estamos otimistas. Precisamos de doações de qualquer tipo de sangue. Quem puder ajudar doando ou compartilhando, somos imensamente gratos”, informou a filha de Ivanelio Alessandra Rangel.
Campanha de doação de sangue
Campanha de doação de sangue / Foto: Divulgação
Como doar
Para ser um doador, é preciso estar saudável, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 60 anos (ou até 65 anos, se já tiver doado antes dos 60). Menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável. No ato da doação é preciso apresentar um documento original com foto. Também é necessário evitar atividades físicas intensas nas cinco horas anteriores à doação, não ter feito tatuagem nos últimos 12 meses e estar bem descansado. O doador não deve estar em jejum, somente tem que evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação e evitar bebidas alcoólicas antes da doação.
O Hemocentro Regional de Campos funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, inclusive nos finais de semana e feriados. O HRC fica anexo ao Hospital Ferreira Machado, na rua Rocha Leão, no bairro Caju, com entrada pelo estacionamento do HFM.
As doações também poderão ser feitas na unidade móvel do Hemocentro Regional que retoma as atividades em fevereiro. Na próxima terça-feira (4), o ônibus estará na UBS Penha em Campos; quinta-feira (6) em São João da Barra e no domingo (9) em Farol de São Tomé.
Já no dia 13/02, a unidade vai estar na praia de Atafona; 15/02 – Sicoob – Partage Shopping (Campos); 20/02 na TV Record (Campos); 25/02 em São Fidélis e no dia 27/02 no Açu (São João da Barra).

ÚLTIMAS NOTÍCIAS