Campos sedia o 5º Seminário Regional da Cana-de-Açúcar
Ícaro Abreu Barbosa - Atualizado em 29/09/2022 21:30
Com animação e abençoado pela chuva que alivia problemas trazidos pela rigorosa estiagem, começou em Campos, na noite desta quinta-feira (29), o 5º Seminário Regional da Cana-de-Açúcar, promovido pela Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan). O evento, que encheu o auditório da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, campus Campos, contou com a presença das pessoas mais importantes ligadas ao setor sucroalcooleiro na região. Para quem esteve presente, a abertura do evento deixou um gostinho de quero mais para as apresentações que irão acontecer nesta sexta-feira (30), durante todo o dia.
Além disso, nomes gabaritados a nível nacional, como Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entidade que reúne todas as usinas da Região Centro-Sul, marcaram presença. Autoridade, quando falamos de cana-de-açúcar, Antônio concedeu a primeira palestra do evento, que esmiuçou números da produção agrícola da cana e apontou "uma redução de moagem do ano passado para cá, em toda região Centro-Sul". A principal causa teria sido a má condição climática da região, que atrasou o início da colheita. Contudo, as previsões do especialista são melhores para esse ano e ano que vem.

Os convidados ainda puderam compreender a importância das palestras que vão ocorrer nesta sexta, segundo e último dia do evento, principalmente depois da fala daqueles que abriram o evento, como Tito Inojosa, presidente da Asflucan: "Estamos nessa luta há mais de 20 anos, e buscamos fazer e trazer sempre o melhor para os nossos fornecedores e colaboradores. O mais importante do evento é trazer novidades e tecnologias para levantar o nosso setor", disse.

Vice-prefeito de Campos e diretor da Cooperativa Agroindustrial do Rio de Janeiro (Coagro), Frederico Paes frisou que "o momento que a região vive é de retomada do setor". Relembrando o passado glorioso de Campos no segmento, Frederico enalteceu aqueles que, como Tito, trabalham para manter a relevância da cana na região.

- É notório que Campos já foi uma potência do setor sucroalcooleiro, mas existem pessoas que mantém viva essa tradição de grande importância econômica para o município - comentou, citando problemas que castigam a safra, como a estiagem, mas reforçando: "Nós não deixamos nos abater por isso".
A reabertura da Usina Paraíso, na Baixada Campista, também teve destaque na fala de Frederico, que destacou o investimento de R$ 50 milhões para que a Paraíso seja uma usina de alta tecnologia, com expansão e seguindo todos os padrões nacionais. Isso mostra, segundo ele, "que estamos vivos, o norte do rio está vivo no setor".

Frederico também trouxe os cumprimentos do prefeito Wladimir Garotinho e falou um pouco sobre a atuação da Prefeitura de Campos para com os produtores de cana, através de ações básicas, porém fundamentais, como a manutenção das estradas vicinais e limpeza dos canais da região - que é realizada com ajuda da Asflucan.
Anfitrião do seminário, o pesquisador Jair Felipe Ramalho, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da cana-de-açúcar da UFRRJ, em trabalho conjunto com a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), enfatizou que a universidade está aberta para a parceria com os produtores locais, inclusive com a pesquisa de variedades de cana que sejam mais interessantes para nossa região. "Queremos ver o setor crescer e colocar esses materiais no campo, no solo do produtor", afirmou.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS