A mais nova pesquisa Ipec, divulgada nesta terça-feira (20), aponta que a diferença entre o governador Cláudio Castro (PL) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) caiu de 15% para 10%. Em relação ao levantamento do início de setembro, Castro manteve os 37% das intenções de votos, enquanto Freixo subiu de 22% para 27%. No cálculo dos votos válidos, o atual governador aparece com 46%, enquanto o candidato do PSB tem 34%.

Segundo o Ipec, Rodrigo Neves (PDT) tem 7%, enquanto Cyro (PSTU), Juliete (UP) e Witzel (PMB) aparecem com 3%. Paulo Ganime (Novo) e Eduardo Serra (PCB) estão com 2%. Luiz Eugênio (PCO) tem 1% das intenções de voto. 

Em um eventual segunda turno, Cláudio Castro aparece com 45% e Freixo 35%. Brancos e nulos somam 13%. Não sabem ou não responderam estão entre os 7%. 

Wilson Witzel se manteve como o candidato mais rejeitado, com 49% dos eleitores que responderam não votar no ex-governador de jeito nenhum. Na sequência aparecem Marcelo Freixo, com 25%; Castro tem 17%; Cyro, 12%; Juliete, 11%; Neves, 9%; Serra, 8%; Ganime, 7% e Luiz Eugênio 6%. 

Para o geógrafo com especialização doutoral em Estatística do Setor Público, da População e do Território na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do IBGE, Willian Passos, o destaque do levantamento é o crescimento de Freixo acima da margem de erro após semanas de ascensão de Cláudio Castro.

— A Ipec traz como novidade a substituição da “onda Castro” pela “onda Freixo”. Após o crescimento do atual governador nas intenções de voto entre a última semana de agosto e a primeira semana de setembro, indo de 26% para 37%, dessa vez foi o candidato do PSB que cresceu acima da margem de erro, subindo de 22%, na pesquisa divulgada em 6 de setembro, para 27%. Os próximos dias apontarão se Castro, neste momento com 46% dos votos válidos, de acordo com a metodologia do Ipec, baseada em entrevistas presenciais domiciliares e de altíssima confiabilidade, atingiu seu teto em intenção — disse Passos, que continuou:

— Caso não tenha atingido, são boas as possibilidades de que ele consiga se reeleger ainda no primeiro turno, já que o percentual de indecisos ainda é de 9% e a rejeição ao atual governador é 8% menor que a de seu principal concorrente. E é exatamente esta diferença menor nos eleitores que não votariam nele de jeito nenhum (17% contra 25% dos que rejeitam Freixo) que garantem uma vantagem, até aqui confortável, para a reeleição do vice-governador de Wilson Witzel, na eleição de 2018, no dia 30 de outubro, em caso de segundo turno.

Na corrida ao Senado, Romário (PL) manteve a ampla liderança com 33% das intenções de votos. No último levantamento, o senador tinha 32%, em uma variação dentro da margem de erro.

O único candidato que cresceu acima da margem de erro foi Alessandro Molon (PSB), que passou de 7% para 11%. Clarissa (União) variou de 8% para 10%. Mesmo com o registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o deputado federal Daniel Silveira (PTB) aparece com 7%. Cabo Daciolo (PDT) e André Ceciliano (PT) somam 6%, enquanto Prof. Helvio Costa (DC) e Sued Haidar (PMB) estão com 1%. Raul (UP), Hiran Roedel (PCB) e Itagiba (Avante) não pontuaram.

Segundo a pesquisa, 10% dos entrevistados disseram que votam em branco ou nulo, enquanto outros 13% disseram que não sabem ou não responderam.
De acordo com a análise de Willian Passos, “a reeleição de Romário, a 12 dias das votações, com 33% da preferência do eleitorado, é dada como certa. E os 12% de intenção de voto em Clarissa, neste momento em empate técnico com Alessandro Molon, que carrega 11% de preferência, mostra a força do garotismo que mantêm uma resiliência importante no cenário estadual”.

A pesquisa ouviu 1.504 pessoas entre os dias 17 e 19 de setembro em 39 cidades fluminenses. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro sob o protocolo Nº RJ-04682/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-05082/2022.