Em Campos para participar de evento de apresentação do chamado fundo soberano dos royalties do petróleo aos prefeitos da região, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), disse, nesta quinta-feira (28), que ainda não bateu o martelo, mas que deverá concorrer a deputado federal ou ao Senado em 2022. Ceciliano afirmou, ainda, que a prioridade do partido no estado será a eleição a presidente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que vai seguir a orientação da legenda na corrida ao Governo do Estado. Ceciliano será o entrevistado do programa Folha no Ar, na Folha FM 98,3, a partir das 7h desta sexta-feira (29).

O presidente da Alerj se reuniu com empresários locais na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), onde ouviu os pleitos da categoria e fez uma prévia do evento desta sexta na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Na ocasião, haverá um debate sobre a implementação do Fundo Soberano, que é uma poupança com recursos dos excedentes dos royalties e participações especiais do petróleo para financiar o desenvolvimento do estado a médio prazo. Nesta terça, ele também esteve acompanhado dos deputados estaduais Rodrigo Bacellar (SD) e Chico Machado (PSD).

Tratado como o candidato de Lula ao Senado, Ceciliano desconversou sobre as próximas eleições, mas adiantou que seu futuro político não deve ser na Alerj. “Está muito distante ainda. A gente precisa, primeiro, trabalhar. A melhor campanha é o político trabalhar e entregar. E lá na frente, a 45 dias da eleição, fica mais fácil, mas ainda não tem nada decidido. Possivelmente candidatura a deputado federal ou ao Senado, mas vamos decidir isso em março”.

O Partido dos Trabalhadores tem acenado para uma composição com a candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) ao Palácio Guanabara e Ceciliano disse que vai seguir a orientação da legenda e que a prioridade no estado é Lula. “Para governador, vou seguir a orientação do meu partido. O fundamental para nós, em 2022, é a eleição do presidente Lula. Estou falando como André Ceciliano, deputado do PT. É fundamental. O PT não quer ter candidato a governador, a senador e nem a vice. Prioriza palanques para o presidente Lula em 2022”.

Ceciliano chegou à presidência interina da Alerj em 2017 por causa do afastamento do seu antecessor Jorge Picciani. Logo, ganhou espaço dentro do partido e da Assembleia por causa da boa capacidade de articulação. Tanto que conseguiu, em meio a onda bolsonarista que varreu o Rio de Janeiro em 2018, uma folgada eleição para assumir o cargo em definitivo a partir de 2019, mesmo sendo do PT.

Apesar de problemas no meio do caminho, André Ceciliano tem uma boa relação com o governador Cláudio Castro (PL). No último dia 14 de outubro, Castro disse em tom de descontração que o petista estaria em sua “chapa dos sonhos” como candidato ao Senado. O governador, no entanto, tem a simpatia da família Bolsonaro e passa longe de uma composição com o PT.