Deputado Laterça é contra aproximação de clãs políticos ao PSL do Rio
Dora Paula Paes 15/07/2021 19:22 - Atualizado em 15/07/2021 20:03
Com maior tempo de televisão e rádio, volumoso fundo partidário, além de expressivo poder de voto após eleger o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o PSL é a noiva cobiçada para as eleições de 2022. Se depender de lideranças, como o deputado federal Felício Laterça, que tem Campos na sua base, o projeto de conquista por parte de "assanhados" clãs como os Garotinhos e os Brazão não terá êxito. De acordo com o parlamentar, que integra um movimento chamado de "Os entrincheirados", a questão da Executiva do Rio está sendo tratada diretamente com o presidente nacional, o deputado Luciano Bivar.
Nesta quinta-feira (15), Laterça encaminhou a Bivar ofício pedindo informações sobre toda a movimentação, a partir da mudança na estrutura da Executiva do PSL do Rio, na semana passada. Segundo ele, seu nome aparece como "vogal". "Causou estranheza. Estou Deputado Federal no exercício do mandato e meu nome foi incluído sem consentimento prévio. Em razão do mandato tenho direito de voto em qualquer matéria e vogal não tem qualquer atribuição na executiva, sendo um mero integrante", disse sobre teor do ofício.
Felício Laterça conversou com Bivar nesta semana sobre a movimentação que trouxe o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, para a presidência da Executiva Estadual do Rio. Já a aproximação com os Garotinho e os irmãos Brazão, o deputado federal Chiquinho e estadual Pedro partiu, segundo ele, do vice-presidente nacional do PSL, Antônio de Rueda, sem consulta prévia aos deputados.
Ele explica que o PSL é hoje um partido cobiçado, com o maior tempo de televisão e rádio e o maior fundo partidário, superando, inclusive, o PT. "Não concordo e posso dizer que não vai ficar como está. O presidente Luciano Bivar sinalizou que irá ouvir os 12 deputados do partido sobre a situação da Executiva do Rio", disse.
O possível apoio do PSL à candidatura do governador Cláudio Castro (PL) à reeleição, Laterça diz que passaria por uma tratativa. "Uma decisão para o próximo ano, onde o PSL teria participação no governo, mas de fato, não creio que seja esse o desenho elaborado pelo grupo que está querendo aterrissar no partido", conclui.

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