Entrega de kits alimentação no Colégio José Francisco de Salles gera aglomeração e queixas
07/04/2021 11:44 - Atualizado em 08/04/2021 08:43
Reprodução - Facebook
A entrega de kits de alimentação e apostilas para responsáveis por alunos do Colégio Estadual José Francisco de Salles, no IPS, em Campos, gerou uma aglomeração e reclamações na manhã desta quarta-feira (07). O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) de Campos se posicionou sobre o assunto e cobrou da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) uma nova forma de fazer a entrega desses kits. Em nota, a Seeduc informou que os diretores das unidades escolares são orientados a realizar cadastro e agendamento para a entrega de kits de alimentação e materiais didáticos, para evitar aglomerações de pessoas. A secretaria informou, ainda, que uma equipe da Diretoria Regional foi ao local para verificar a situação.
De acordo com a coordenadora do Sepe Campos, Graciete Nunes, os kits deveriam ser entregues de outra maneira, sem colocar a vida das pessoas em risco. "Os kits devem ser entregues mas sem colocar a vida das pessoas em risco. Recentemente tivemos a contaminação pelo vírus da Covid de 5 professores no José Francisco de Salles, com 1 internação e vários familiares também contaminados. Tanto a Seeduc como a Seduct deveriam enviar pelo correio um cartão magnético recarregável para que os responsáveis possam comprar os alimentos diretamente no supermercado. Seria mais dinheiro circulando no município e alimentos no prato dos alunos. O que não deve circular é o vírus. Essa é a proposta que levaremos ao MP em audiência já solicitada pelo Sepe Campos", informou.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma funcionária relata a situação. "Isso aqui é a fila do Colégio José Francisco de Sales para a entrega do kit e das apostilas. Estamos sendo obrigados a abrir a escola para entregar os kits sem termos a menor condição, com poucos funcionários, funcionários que estão se recuperando de Covid, e nós estamos passando por essa situação. Eu quero saber se pode uma situação dessa. Isso não é justo. Isso é uma falta de respeito com a população", disse.
A dona de casa Aliomara da Silva, de 40 anos, mãe de um aluno da escola, contou que no início da entrega dos kits, enquanto as pessoas aguardavam do lado de fora da escola, houve uma desorganização, mas depois a situação melhorou. "No começo não estava muito organizado, mas depois ficou melhor a organização", disse ela que chegou na escola por volta das 10h30 e conseguiu sair com o kit por volta de 12h.
Ainda na nota enviada pela assessoria de imprensa, a Seeduc informou que todo funcionário que informa estar com sintoma e/ou diagnóstico de Covid-19 é imediatamente afastado do trabalho presencial, como preconizam os protocolos sanitários em prática nas 1,2 mil escolas da rede desde o final do ano passado. O profissional é orientado a procurar avaliação médica e deve cumprir sua quarentena em segurança. "Vale destacar que as aulas da rede estadual, de 05 a 12 de abril, estão exclusivamente remotas. Apenas uma equipe reduzida de funcionários atua nas unidades para manter a entrega de material didático e kits de alimentação para alunos e familiares. Esse trabalho é de fundamental importância para que a educação fluminense continue em tempos de pandemia. A Secretaria de Educação reafirma seu compromisso com a saúde de seus profissionais e alunos, seguindo em constante contato com as unidades escolares, acompanhando e fiscalizando os protocolos sanitários para tomar rápidas medidas que resguardem a segurança de todos", diz a nota.
De acordo com o decreto estadual publicado no último sábado (03), as aulas presenciais da rede estadual de educação estão suspensas. No entanto, as unidades escolares permanecem abertas para expedição de documentos, matrículas, retirada de material didático, além do kit alimentação. As aulas seguem remotas (on-line), pela plataforma do Google Classroom, dentro do aplicativo de navegação gratuita Applique-se.

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