"Deadpool 2" entra em cartaz
16/05/2018 18:13 - Atualizado em 18/05/2018 16:54
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Entre os filmes que entram em cartaz nesta quinta-feira (17) nos cinemas de Campos dos Goytacazes, o destaque fica com “Deadpool 2” que tem no elenco a brasileira Morena Baccarin. Segundo observações da crítica, o filme chega aos cinemas com a missão de manter o sucesso feito com o primeiro filme do Mercenário, só que, dessa vez, sem o fator novidade trazido em 2016. A sequência traz novos acertos e, graças ao sucesso anterior, um orçamento maior. Infelizmente, o roteiro comete novos e velhos erros.
Se “Deadpool” foi um marco ao trazer um filme sangrento e escrachado pela primeira vez no universo dos super-heróis, hoje tão aclamado pelo público, “Deadpool 2” não deixou a desejar nesse quesito. A violência está presente durante todo o filme, mas com um grande destaque para as cenas iniciais. O filme acerta nesse quesito ao tratá-lo de maneira “sutil”. Enquanto membros e sangue voam pela tela, isso chega a ser somente um plano de fundo, e o filme não tenta se sustentar somente pela violência.
Faz de tudo para agradar ao público e, nesse ponto, ele se perde como fez o primeiro. Apesar das piadas com genitais gratuitas terem diminuído ao ponto de quase não existirem, o que é um grande alívio, o longa se prende apenas em humor de referência e piadas que devem sim arrancar boas risadas do público, mas aqueles que procuram um humor com maior qualidade sairão das salas de cinema um tanto decepcionados. O humor, assim como o roteiro, é preguiçoso, prova de que o filme não deveria ser levado a sério.
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Infelizmente, o filme tenta se levar a sério, ao menos em algumas cenas. Quando vemos o Deadpool de Ryan Reynolds contracenar com a Vanessa de Morena Baccarin, vemos um filme que sai do seu próprio clima. Não é injustificado, já que o longa tenta, e consegue, ser mais maduro. Mas é um erro, já que a fotografia e a trilha sonora acabam por mostrar um clima dissonante do resto do longa. A premissa do filme é boa, assim como era a premissa do anterior, e seu desenvolvimento seria muito melhor se o humor tivesse amadurecido junto com a trama.
O sucesso anterior possibilitou uma evolução bastante interessante do CGI e de participações no filme. Colossus continua nitidamente um boneco, enquanto uma participação surpresa de um dos vilões dos X-Men mostra um personagem muito verídico, ainda que obviamente fantasioso. As cenas de ação conseguem encontrar um bom equilíbrio entre o gore e o engraçado, mas algumas devem incomodar, já que a movimentação e os cortes acabam dificultando o entendimento da bagunça que acontece na tela.
Todos os novos personagens funcionam e são uma ótima expansão para o universo de Deadpool e um possível encontro com o universo X-Men. Assim como no primeiro filme, o vilão é um personagem apenas mau, sem motivação forte ou, ao menos, sem uma explicação melhor de sua motivação. Isso não deve incomodar, dado o clima debochado do longa. O Cable de Josh Brolin é impecável em atuação e novidade, dando a possibilidade de vermos um futuro Deadpool ainda mais interessante quando este se propõe a usar seus poderes metalinguísticos. O grande trunfo continua sendo a metalinguagem que Deadpool consegue fazer consigo mesmo e o universo ao seu redor. A quebra da quarta parede está mais sofisticada em alguns pontos, quando não se sustenta só pela intertextualidade, às vezes óbvia demais. Aqueles que gostaram do primeiro filme devem gostar ainda mais da sequência.
Na próxima quarta-feira (23) haverá a pré-estreia do filme “Han Solo: Um História Star Wars”. Permanecem em cartaz “Vingadores: Guerra Infinita”, “A Noite do Jogo”, “Paulo, Apóstolo de Cristo” e “Verdade Ou Desafio”. (A.N.) (C.C.F.)

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