Ministro demite Segovia do comando da Polícia Federal
28/02/2018 10:38 - Atualizado em 28/02/2018 17:01
Fernando Segovia
Fernando Segovia / Divulgação
Em seu primeiro dia à frente do novo ministério extraordinário da Segurança Pública, o ministro Raul Jungmann decidiu demitir o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia. No lugar dele, foi escolhido Rogério Galloro, que é ex-diretor executivo da PF e o atual secretário nacional de Segurança Pública.
Antes mesmo de sua posse como ministro da Segurança Pública, ocorrida no final da manhã desta terça-feira (27), Jungmann conversou sobre o assunto com Michel Temer. Na encontro, o ministro manifestou o desejo de fazer a troca no comando da PF e obteve a aprovação do presidente.
Desde o início do mês, quando concedeu uma entrevista à Agência Reuters, afirmando que, no inquérito em que Temer e outros acusados são investigados pela PF, os “indícios são muito frágeis”, sugerindo que a investigação “poderia até concluir que não houve crime”, Segovia vinha sofrendo críticas e sendo alvo de questionamentos.
Ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso uma medida judicial para que Segovia se abstivesse de “qualquer ato de ingerência sobre a persecução penal em curso”.
Na semana passada, Fernando Segovia disse ao ministro Barroso, que conduz o inquérito sobre Temer no STF, que não pretendeu “interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento” do inquérito sobre o presidente Michel Temer. Ao ministro, Segovia ressaltou que suas declarações foram “distorcidas e mal interpretadas”, que não teve intenção de ameaçar com sanções o delegado responsável pelo caso e também se comprometeu a não dar mais declarações sobre a investigação. (A.N.)

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