Eduardo Paes comunica saída do PMDB
23/02/2018 22:26 - Atualizado em 26/02/2018 15:07
A maior aposta do Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) à disputa ao Governo Estado, o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes já comunicou ao ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) que deixará a sigla. Mesmo com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) confirmando a sua inelegibilidade por oito anos, Paes segue com planos de concorrer ao cargo de governador na eleição deste ano. Porém, ele tenta se livrar do desgaste vinculado ao partido no estado, que tem seus principais nomes da cúpula no estado atrás das grades, entre eles o ex-governador Sérgio Cabral.
O ministro Moreira Franco lidera a articulação para tentar mudar o comando do PMDB no Rio, atualmente sob o poder do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (MDB), que está preso preventivamente desde novembro do ano passado.
Paes está em negociações avançadas para se filiar ao PP. No entanto, nos bastidores já existiria um acordo para que o ex-prefeito não promova um esquema “terra arrasada’’ no PMDB, não provocando uma debandada de deputados federais. Paes promete, ainda, costurar a formação de um chapão para a eleição de federais.
Quem também está de saída do partido é o deputado federal Pedro Paulo, que também foi considerado inelegível e deve se filiar ao PP na próxima janela partidária, que começa em março. Pedro Paulo foi candidato a sucessor de Paes nas eleições de 2016, mas ficou em terceiro lugar.
O TRE já tinha determinado a impossibilidade de Eduardo Paes concorrer em dezembro, após entender que não poderia ter sido usado o Plano Estratégico Visão Rio 500, que foi pago pelo município, como plano de governo de Pedro Paulo na última campanha eleitoral. Paes e Pedro Paulo devem pagar, cada um, multa de R$ 106,4 mil. A maioria dos desembargadores do TRE-RJ rejeitou todas as alegações apresentadas pela defesa, como a de violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral. (A.N.)

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