"Todo o Dinheiro do Mundo" em cartaz
31/01/2018 18:41 - Atualizado em 02/02/2018 15:13
No final da tarde dessa quarta-feira (31), o diretor da Folha da Manhã Christiano Abreu Barbosa informou no blog “Ponto de Vista”, hospedado no Folha1, que a vinda do filme “A Forma da Água” para Campos foi cancelada apesar dos apelos do Kinoplex. Assim, a produção “Todo o Dinheiro do Mundo” ganha destaque entre as estreias desta quinta-feira (1º) no circuito campista.
Divulgação
De acordo com a crítica, se faz necessário olhar para “Todo o Dinheiro do Mundo” e distanciar-se de tudo que ocorreu em seus bastidores, o afastamento de Kevin Spacey e as refilmagens relâmpago com Christopher Plumer, algo que claramente elevou a obra a outro patamar por suas decisões fora de tela. Nesse contexto chega até ser difícil separar as coisas, tentar enxergar as qualidades do filme por causa de uma boa intenção, ou nem tão boa assim, mas uma forma de salvar um filme com uma série de grandes pretensões. Fica ainda mais necessário separar esse contexto e entender qual filme existe por trás desse marketing instantâneo e como ele dialoga, se é que há um diálogo no longa de Ridley Scott.
Todo “Todo o Dinheiro do Mundo” traça planos e estratégias bem próprias de um filme que almeja um certificado de importância, começando pelo carimbo de relevância no início do filme, o famoso “baseado em fatos reais”, colocando a ficção nesse lugar de contato com real, por isso distante de um mero espetáculo, uma obra que diz, ou pelo menos tenta dizer sobre a realidade. Outra questão fundamental dentro de “Todo o Dinheiro do Mundo” é o thriller que tenta dar tom e ritmo ao filme, estilo ou gênero bastante presente na filmografia de Ridley Scott. Talvez esses dois pontos podem muito bem funcionar, como alguns muitos exemplos já fizeram, todavia a primeira impressão é que as duas questões se rivalizam e transformar o fato real em material para o dinamismo emocionante de um suspense não é um objetivo fácil.
Talvez, mais do que tentar encontrar pontos que justifiquem certa autoria no trabalho de Scott, seja mais prudente admitir que o veterano é regido por ações e filmes que funcionam numa lógica industrial, aquela que trabalha na bilheteria e, sobretudo, se sai bem nas premiações. Fato é que essa lógica faz com que Ridley Scott viva de títulos interessantes e outros que buscam apenas essa validação por parte da indústria, não é por acaso que suas obras mais interessantes são as mais distantes desse segundo ponto. Assim, sente-se essa rivalidade em todos os pontos do filme. A trajetória da família Getty transforma-se nesse esquema de cooptação emocional do público via thriller de suspense combinado com elementos que colocariam uma relevância àquela narrativa, e certo senso de uma obra de alto padrão (que mereceria o Oscar), acima de um simples exemplar do gênero. “Todo o Dinheiro do Mundo” tenta contar a história do milionário Paul Getty (Plummer) através de um evento marcante, o sequestro de um de seus netos, o outro Paul (interpretado por outro Plummer, Charlie Plummer). Enquanto a mãe do menino, interpretado por Michelle Williams, tenta atrasar os sequestradores e convencer seu avô a pagar o resgate, Paul Getty mostra seu lado mais frio, guiado apenas pelo dinheiro.
Também entra em cartaz hoje o filme ”Paddington 2”. E, na quarta-feira (6), está prevista a pré-estreia de “Cinquenta Tons de Liberdade”. Prosseguem em exibição “Extraordinário”, “Fala Sério, Mãe”, “Jumanji — Bem-Vindo à Selva”, “O Touro Ferdinando”, “Maze Runner: A Cura Mortal”, “O Destino de Uma Nação” e “Sobrenatural — A Última Chave” (A.N.) (C.C.F.)

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