Nas ruas, reação contra aumento
Paulo Renato do Porto 21/07/2017 21:35 - Atualizado em 25/07/2017 15:49
O aumento do PIS e Cofins que incidiram sobre os preços dos combustíveis gerou insatisfação em Campos. O governo alegou necessidade de cobrir o déficit fiscal de R$ 139 bilhões. Em Campos, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos, José Luis Escocard, criticou a medida.
— Há algumas semanas, eles anunciaram um desconto nos combustíveis, mas agora anularam o suposto benefício, com mais esse aumento. Fomos enganados — admite Escocard.
Ele lembra que o aumento impacta a cadeia produtiva
— Mesmo os que não possuem veículos irão pagar a conta porque os preços serão repassados com a elevação do custo do frete nas despesas com alimentação, remédios e tudo mais — disse ainda o presidente da Acic.
Joilson Barcelos, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), analisa que o governo deveria ter maior cuidado ao aumentar combustíveis.
— O governo parece desconhecer nossa realidade. Somos um país que a maioria das mercadorias chega ao consumidor pelo transporte rodoviário, que vai encarecer mais ainda, com impacto nos custo final dos produtos — afirmou.
Já a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), em nota, reforçou sua posição de reprovação.
— A saída para a crise fiscal não passa por mais aumento de impostos, mas na adequação dos gastos públicos ao novo cenário econômico e na urgência da aprovação da reforma da previdência. O país precisa de reformas, e não de mais impostos. Além de um teto para os gastos, o Brasil necessita de um teto para os impostos — diz ainda a nota.
Entre os consumidores, a reação não foi diferente.
— Um absurdo esse aumento numa crise dessas. O governo quer tapar um rombo feito por eles e quem paga somos nós, pobres mortais, que estamos na pior. Esse aumento é só o começo de uma série de aumentos que vem aí —, disse o aposentado Carlos Antônio Dias.
Já a dentista Carmem Lúcia Ferreira frisou que a solução é racionalizar combustíveis.
— Eles tinham que aumentar após o fim do estoque. Não sei onde vamos parar. Eu, a partir de agora vou racionar despesas de combustível, sair de carros menos vezes — afirmou.

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