Jefferson Manhães e Natália Soares analisam geração de empregos na gestão Wladimir
A geração de empregos no município de Campos é motivo de crítica dos ex-candidatos a prefeito e a vereadora, Jefferson Manhães (PT) e Natália Soares (PSOL), à gestão do prefeito Wladimir Garotinho (PP). Os dois analisaram o desempenho da atual gestão na abertura de novos postos de trabalho na cidade. Jefferson destacou como negativo o 10º lugar no ranking de geração de empregos no Estado do Rio. Enquanto Natália abordou a necessidade de valorização de trabalhadores excluídos do mercado de trabalho.
Segundo levantamento feito pela Firjan com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Campos abriu 2.946 novos postos de trabalho em 2024. O número é menor do que o alcançado em 2023, quando foram abertas 4.446 vagas. Entre os 92 municípios fluminenses, Campos ocupou a décima posição no ranking de geração de empregos no ano passado. Macaé ficou em quarto no mesmo ranking, com 7.097 vagas.
O professor Jefferson Manhães (PT) avalia que Campos, devido ao seu tamanho, deveria ter um melhor resultado na criação de postos de trabalho."No governo Wladimir, a geração de empregos caiu ano após ano e, no ano passado, despencou 25%. Campos, que é o 5º município mais populoso do estado, caiu para a 10ª posição em geração de empregos", afirmou.
Ex-reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson mencionou que o município é um polo universitário e, devido ao desemprego, os campistas têm buscado oportunidades em outros lugares."Além disso, nosso município, maior polo universitário do interior do Rio de Janeiro, criou apenas 24 novas vagas de nível superior em 2024, o que representa menos de 1% do total de oportunidades geradas. Como resultado, nossos jovens qualificados são obrigados a buscar trabalho em outras cidades. Estamos, literalmente, exportando inteligência e talentos", disse Jefferson.
Para a professora Natália Soares (PSOL), são necessárias ações para criar empregos com maiores salários, de maneira que os recém-formados não precisem ir para outras cidades."Observando os dados do CAGED, percebemos um leve aumento dos contratos formais de trabalho. É importante mencionar que os trabalhos se concentram na faixa escolar do Ensino Médio e pessoas jovens (18-24 anos) abarcam majoritariamente esses empregos. Entretanto, reforço a importância de Políticas Públicas de geração de renda e que gerem empregos com salários dignos, que absorva trabalho qualificado. Quem se forma nas universidades hoje se vê na necessidade de abandonar a cidade", disse a ex-candidata a vereadora.
Natália Soares enxerga a necessidade da adoção de medidas que incluam os saberes tradicionais e cooperativas populares no mercado de trabalho. Ela, que é doutora em Políticas Sociais, também defende o fim da escala 6x1. "E ao mesmo tempo permita oportunidade e valorização dos saberes de comunidades tradicionais, cooperativas populares como a de catadores de materiais recicláveis, daqueles que foram excluídos do mercado de trabalho. Sabe-se que o desemprego e subempregos são expressões concretas da desigualdade social e é preciso pôr fim à escala de trabalho 6x1, pois as pessoas precisam de trabalho, mas também de vida além dele", afirmou Natália.
Segundo levantamento feito pela Firjan com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Campos abriu 2.946 novos postos de trabalho em 2024. O número é menor do que o alcançado em 2023, quando foram abertas 4.446 vagas. Entre os 92 municípios fluminenses, Campos ocupou a décima posição no ranking de geração de empregos no ano passado. Macaé ficou em quarto no mesmo ranking, com 7.097 vagas.
O professor Jefferson Manhães (PT) avalia que Campos, devido ao seu tamanho, deveria ter um melhor resultado na criação de postos de trabalho."No governo Wladimir, a geração de empregos caiu ano após ano e, no ano passado, despencou 25%. Campos, que é o 5º município mais populoso do estado, caiu para a 10ª posição em geração de empregos", afirmou.
Ex-reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson mencionou que o município é um polo universitário e, devido ao desemprego, os campistas têm buscado oportunidades em outros lugares."Além disso, nosso município, maior polo universitário do interior do Rio de Janeiro, criou apenas 24 novas vagas de nível superior em 2024, o que representa menos de 1% do total de oportunidades geradas. Como resultado, nossos jovens qualificados são obrigados a buscar trabalho em outras cidades. Estamos, literalmente, exportando inteligência e talentos", disse Jefferson.
Para a professora Natália Soares (PSOL), são necessárias ações para criar empregos com maiores salários, de maneira que os recém-formados não precisem ir para outras cidades."Observando os dados do CAGED, percebemos um leve aumento dos contratos formais de trabalho. É importante mencionar que os trabalhos se concentram na faixa escolar do Ensino Médio e pessoas jovens (18-24 anos) abarcam majoritariamente esses empregos. Entretanto, reforço a importância de Políticas Públicas de geração de renda e que gerem empregos com salários dignos, que absorva trabalho qualificado. Quem se forma nas universidades hoje se vê na necessidade de abandonar a cidade", disse a ex-candidata a vereadora.
Natália Soares enxerga a necessidade da adoção de medidas que incluam os saberes tradicionais e cooperativas populares no mercado de trabalho. Ela, que é doutora em Políticas Sociais, também defende o fim da escala 6x1. "E ao mesmo tempo permita oportunidade e valorização dos saberes de comunidades tradicionais, cooperativas populares como a de catadores de materiais recicláveis, daqueles que foram excluídos do mercado de trabalho. Sabe-se que o desemprego e subempregos são expressões concretas da desigualdade social e é preciso pôr fim à escala de trabalho 6x1, pois as pessoas precisam de trabalho, mas também de vida além dele", afirmou Natália.