Profissionais capacitados para implantação da descentralização da tuberculose
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Kelly Maria / Divulgação
Aconteceu, nessa quarta-feira (5), no auditório da Faculdade de Medicina de Campos (FMC), uma capacitação para médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), para implantação da descentralização da linha de cuidados da tuberculose. Essa abordagem visa facilitar o acesso da população ao diagnóstico precoce, próximo de suas residências. Até o momento, os casos da doença são tratados na sede do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, que funciona ao lado do Hospital Geral de Guarus (HGG).
Segundo a subsecretária geral de Saúde, Bruna Araújo, a pretensão é que o atendimento esteja 100% descentralizado nos próximos meses. “A descentralização no tratamento da tuberculose é de suma importância, pois a doença é um problema global que precisa ser enfrentado coletivamente. O acesso ao tratamento e a proteção contra a doença são desafios que dificultam a redução de casos e mortes. O secretário Paulo Hirano é um grande incentivador da descentralização, que visa fortalecer a Atenção Primária, com a participação ativa de profissionais de saúde”, enfatizou.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, o infectologista Charbell Kury, destacou que a tuberculose é uma doença milenar que ainda persiste, especialmente no Brasil, relacionada a condições socioeconômicas e de moradia. O médico reforça que, para combatê-la, é essencial melhorar a qualidade de vida da população, realizar diagnósticos precoces e garantir tratamentos adequados.
“A adesão ao tratamento é desafiadora, pois dura em média seis meses e requer disciplina do paciente. A descentralização do atendimento é crucial, permitindo que casos leves sejam tratados na Atenção Básica, enquanto casos mais graves são encaminhados para o centro especializado de tuberculose. O objetivo é capacitar profissionais e atender a demanda de forma eficaz”, informou.
Verônica Verdan, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, ressalta que a descentralização do tratamento da doença é uma recomendação do Ministério da Saúde que deve ser adotada sempre que as condições locais permitam. “Com o serviço ampliado, tem a vantagem de levar o tratamento para mais próximo da população, aumentando a capilaridade. A atuação da Subsecretaria de Atenção Primária em Saúde é fundamental para o sucesso desse projeto, configurando verdadeiro protagonismo da estratégia”, pontuou.