Folha da Manhã está em luto pela morte de Leonardo Moreira
Dora Paula Paes 24/06/2022 16:48 - Atualizado em 24/06/2022 22:08
Leonardo Moreira
Leonardo Moreira / Rodrigo Silveira
José Leonardo Moreira, 71 anos, morreu às 12h15 dessa sexta-feira (24), no Oncobeda, devido a complicações decorrentes de uma cirurgia realizada no último dia 20. Ele estava em tratamento de um câncer de garganta. Seu Léo, como era chamado, trabalhou durante muitos anos como motorista naFolha da Manhã. Ele deixa dois filhos, Leonardo Júnior e Rafaela. É Júnior quem resume: "amo meu pai". O corpo de Leonardo será velado na capela A, do cemitério Campo da Paz, em Campos. O sepultamento será neste sábado (25), às 13h30.
Contratado há cerca de 30 anos para atuar no jornal, entre idas e vindas, pelo atual diretor de Redação, Aluysio Abreu Barbosa, muitas são as histórias de todos que passaram e estão na redação do jornal. Antes, ele passou por empresas de ônibus como 1001 e São João e atuou no antigo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS).
Muitos são os depoimentos de pesar pela morte de Leonardo. A presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa, destaca que a Folha perdeu um grande amigo. "Muito mais de Aluysio Barbosa do que de todos nós. Os dois devem estar se encontrando agora, se isso existir, comentando sobre tudo e depois brigando", diz ela de forma carinhosa ao lembrar a relação de amigo que ele tinha com o fundador do jornal. Ao mesmo tempo em que revela que Leonardo foi uma âncora da Folha, um amigo que vestia a camisa. "A Folha deve a ele, a nossa gratidão eterna", completa.
- Era como um membro da nossa família. Cuidou da gente quando garoto, era um braço direito do meu pai, era bem mais que motorista. Se aposentou. Infelizmente, agora aconteceu isso com ele. Deixa marca na nossa história, amava a Folha. Sempre vestiu muito a camisa. Era sempre assim: parou uma máquina, chama Leonardo e ele sempre prontamente a postos para buscar uma peça onde fosse, seja no RJ ou SP. Sempre amou muito isso aqui. Eu estive com Leonardo há cerca de 30 dias, na casa dele. Ele disse que sentia falta da Folha. Eu disse que ia voltar o presencial em julho. Infelizmente, não deu tempo - lamenta o diretor da Folha, Christiano Abreu Barbosa.
O diretor de Redação do jornal, Aluysio Abreu, já se posicionou no grupo Opiniões, no WhatsApp, onde dezenas de amigos e conhecidos lamentam a morte de Leonardo, com um "siga em paz, meu irmão!".
"Eu contratei Leonardo na década de 90 para a Folha. Começou a trabalhar na redação e depois passou a ser motorista da direçãodo jornal e se tornou muito próximo a Aluysio Barbosa. Ficou no jornal até pandemia, mas nunca perdeu o vínculo e amizade. Meu amigo e funcionário valioso. Vestia a camisa como poucos, amigo da família. Era companheiro inseparável de Aluysio nas compras no Mercado Municipal e nas matérias pela região", discorre Aluysio. Ele também ressalta a paixão de Leonardo pelo Flamengo e como era um pai zeloso no cuidado com a filha Rafaela, portadora de necessidades especiais: "Foi junto com esse flamenguista inchado que assisti duas finais no Maracanã em 1992 e em 2009".
Depoimentos: 
"Quando trabalhava no Folha da manhã, viajei muito com Seu Leonardo, figura maravilhosa. Meus sentimentos a seus amigos e familiares". (Wellington Cordeiro, presidente da Associação de Imprensa Campista)
"Seu Léo, grande perda para amigos e familiares. Siga em Paz". (Celso Cordeiro, jornalista)
"Seu Leonardo acompanhou boa parte da minha geração nas ruas, apurando matérias. Não raro, sempre chegava com informações que às vezes passavam despercebidas mesmo aos olhos mais atentos. Deus conforte a familia. Que ele siga na paz". (Cilênio Tavares, jornalista)
"Expresso meu pesar pelo falecimento do Sr. Leonardo, um patrimônio do grupo Folha. Que Deus console o coração da família e dos amigos". (Cristina Lima, ex-presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima)
"Pessoa formidável. Era um colega de trabalho gentil e sempre disposto a servir. Conduziu equipes aos locais de muitas notícias importantes. Deixará saudades". (Antônio Filho, jornalista)
"Meu pesar pelo falecimento do amigo Leonardo. Esse tem história no grupo folha, trabalhador. Descanse em paz". (Antônio Cruz, fotógrafo)
"Leonardo está para sempre na história da Folha. Desde seu início no jornal nunca se restringiu à função de motorista. Era um atento repórter que sempre entrava na Redação com uma pauta e mais: uma opinião sobre tudo que estava acontecendo na cidade e no País. Era uma ótima companhia, sempre, desde que estreou o Fusca bege da Redação lá nos anos 90. Descanse em paz, meu amigo. Com certeza a estas horas já está colocando a conversa em dia com seu companheiro Barbosão, que partiu uma década antes. Já deixa muitas saudades". (Ricardo André Vasconcelos, jornalista e advogado)

"Trabalhei com Leonardo anos na Folha. Um personagem de histórias e casos do jornalismo de nossa cidade. Com faro de notícia, visão política e econômica, papo de futebol, do mundo, da cidade, do pais. Meus sentimentos". (Sérgio Cunha, secretário de Comunicação da Prefeitura de Campos)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS