Marquinho Bacellar é eleito presidente da Câmara e sessão é encerrada após confusão
15/02/2022 17:21 - Atualizado em 15/02/2022 20:52
Vereador Marquinho Bacellar
Vereador Marquinho Bacellar / Reprodução/Redes sociais
O vereador Marquinho Bacellar (SD), líder da oposição, foi eleito presidente da Câmara de Campos nesta terça-feira (15), para o biênio 2023/2024, em uma disputa acirrada, por 13 votos a 12. Houve confusão no plenário após o anúncio do resultado e a sessão foi suspensa — e, na sequência, encerrada — devido ao início de uma confusão no plenário. O irmão do secretário estadual de Governo, Rodrigo Bacellar, derrotou o candidato Fábio Ribeiro (PSD), apoiado pelo prefeito Wladimir Garotinho (PSD). O vereador Maicon Cruz (PSC) chegou a assinar um termo de compromisso com a candidatura de Fábio à reeleição (como mostra o documento abaixo), o que garantiria o 13º voto para vitória governista, mas no plenário votou em Marquinho. A comemoração da oposição começou no voto de Maicon e a sessão foi suspensa em uma confusão envolvendo o vereador do PSC e Juninho Virgílio (Pros). Vale lembrar que houve uma polêmica envolvendo Maicon com os Virgílio (além de Juninho, o primo Thiago) no último mês, que gerou a exoneração de DAS ligados ao vereador que estreou no último pleito nas urnas campistas.
À Folha (aqui), na primeira entrevista após a eleição, Marquinho agradeceu a articulação junto ao irmão Rodrigo Bacellar e também a Caio Vianna (PDT), segundo colocado na última disputa a prefeito e presidente do diretório municipal do seu partido, já que conquistou dois dos três votos pedetistas na eleição. Ao blog, Marquinho disse que sua vitória mostra que ainda há políticos de palavra, defendeu da independência do Legislativo e aos outros 12 vereadores que garantiram a sua eleição para o próximo biênio.
Devido à confusão após o atual presidente Fábio Ribeiro proclamar o resultado, a sessão foi encerrada, sem ser anunciada a data de votação para os demais cargos da Mesa Diretora. A expectativa é que a continuidade ocorra na sessão prevista para esta quarta-feira (16). Maicon, que foi segundo vice-presidente na chapa de Fábio, é cotado como possível primeiro secretário da Mesa, o segundo cargo mais importante da Casa, durante a presidência de Bacellar. 
Com uma estratégia que começou a ser desenhada no último fim de semana, a oposição chegou para a sessão com dois candidatos declarados a presidente: Helinho Nahim (PTC) e Nildo Cardoso (PSL). Na tribuna, Nildo disse que estava abrindo mão da candidatura em busca de um consenso, e anunciou o nome de Marquinho Bacellar a presidente. Quando houve o questionamento sobre outro candidato a presidente, Helinho não apresentou seu nome.
A base governista apostava em chegar até 15 votos, mas tinha o documento com assinaturas que garantiriam 13 votos. Apesar de a eleição poder acontecer até o fim do ano, Fábio resolveu, pouco antes das 17h, incluí-la na pauta desta terça. Porém, com a virada do voto de Maicon, a base governista começa o ano enfrentando uma dura derrota e que terá consequências na Casa, e no governo, até o fim do mandato.
Em uma reunião anterior, o ex-governador Anthony Garotinho teria opinado para que a votação da Mesa só acontecesse quando a base tivesse uma “folga” para levar ao plenário, com um compromisso firmado com vereadores para 15 votos. Havia incerteza, também, da postura do PDT, que tem três vereadores na Casa. Leon Gomes não abria mão do apoio a Fábio e era cotado, inclusive, para ser líder do governo no próximo ano. Marquinho do Transporte teve aliados exonerados por Wladimir minutos antes da sessão, o que já indicava que ele apoiaria Bacellar. O voto de Luciano Rio Lu ainda era visto pelos governistas como possível para apoio, mas ele seguiu a orientação partidária, que teria partido do presidente municipal, Caio Vianna. 
Logo após a proclamação do resultado, enquanto a oposição comemorava a vitória, a transmissão da Câmara chegou a mostrar o início de uma confusão entre Maicon Cruz e Juninho Virgílio. Contudo, a sessão foi suspensa, assim como sua transmissão.
Votaram em Marquinho: Abdu Neme (Avante), Anderson de Matos (Republicanos), Bruno Vianna (PSL), Fred Machado (Cidadania), Helinho Nahim (PTC), Igor Pereira (SD), Luciano Rio Lu (PDT), Maicon Cruz (PSC), o próprio Marquinho, Marquinho do Transporte (PDT), Nildo Cardoso (PSL), Raphael Thuin (PTB) e Rogério Matoso (DEM).
Já os votos em Fábio foram de Álvaro Oliveira (PSD), Bruno Pezão (PL), Cabo Alonsimar (Podemos), Dandinho de Rio Preto (PSD), o próprio Fábio, Juninho Virgílio (Pros), Kassiano Tavares (PSD), Leon Gomes (PDT), Marcione da Farmácia (DEM), Pastor Marcos Elias (PSC), Silvinho Martins (MDB) e Thiago Rangel (Pros).

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    Arnaldo Neto

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