PSD e PDT firmam aliança para corrida ao Guanabara
02/02/2022 23:17 - Atualizado em 03/02/2022 16:01
Nesta quarta-feira (2), o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, oficializaram aliança entre seus partidos para corrida ao Palácio Guanabara. A reunião aconteceu na sede da Prefeitura e contou com a presença dos pré-candidatos de ambos os partidos, o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz. No entanto, ainda não foi definido quem será candidato a governador e vice. 
O acordo é consequência de conversas especialmente entre Paes e Lupi, que fizeram o papel de mediadores, e confirma a aproximação entre o prefeito do Rio e o PDT.
— Decidimos aqui hoje que PDT e PSD vão caminhar juntos na eleição pro governo do Estado. Não estamos falando de nomes. Temos dois belos nomes nessa aliança. Vinha conversando com o Lupi e ambos entendíamos, e os nossos candidatos também, que a gente precisava apresentar uma candidatura no estado do Rio de Janeiro que pudesse enfrentar os desafios que o estado tem diante de si — afirmou Paes.
Felipe Santa Cruz e Rodrigo Neves comemoraram a aliança que, segundo o ex-prefeito de Niterói, “viabiliza uma alternativa pro Rio”. Para Neves, a união é encarada como uma “possibilidade de despertar esperança” no estado.
— Temos uma preocupação grande com a gravidade da crise do Rio. É a crise econômica e social mais grave da história do estado. É fundamental que a gente seja capaz de mobilizar as forças vivas do Rio pra essa reconstrução, diante desse cenário dramático. Venho conversando com o Felipe há um tempo, o conheço há muitos anos. É um exemplo de determinação e coragem nesse período dramático da democracia, à frente da OAB. Tenho certeza de que vai dar tudo certo — disse.
Questionado sobre quem seria o cabeça de chapa na união, Lupi destacou o diálogo entre Neves e Santa Cruz, o que deve ajudar a definir o nome escolhido.
— O PDT tem esse compromisso de estar junto, nós já assumimos esse compromisso hoje aqui, é sempre um prazer estar junto com o Eduardo (Paes). Rodrigo (Neves) é o nosso representante. Mas ele tem o espírito público de sentar e conversar com o Felipe (Santa Cruz). E avaliarmos conjuntamente lá na frente aquele nome que pesa mais, que tem mais viabilidade — ponderou.
Alinhado com o grupo, Santa Cruz ressaltou sua boa relação com Rodrigo Neves e minimizou a definição da candidatura ao governo. Para o ex-presidente da OAB, o momento é de “passar por cima de vaidades e projetos pessoais”.
— O Rio de Janeiro não tem mais quatro anos a perder e ninguém aqui é dono da verdade. Ou a gente constrói um projeto coletivo, que passe por cima de vaidades e até de projetos individuais, e aí nós vamos construir uma agenda, um projeto pro Rio de Janeiro — completou.
As conversas entre Paes e PDT foram intensificadas depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo e reforçou seu apoio ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Rio,como mostrou a colunista do GLOBO Malu Gaspar. Até então, Paes se mostrava disposto a se juntar ao PT por uma candidatura do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, o deputado estadual petista André Ceciliano. O movimento por Freixoafastou o prefeito de um palanque com Lulae deixou aberto o caminho para a aliança entre o PSD carioca e os pedetistas, embora ainda esteja restrita ao campo regional.
Até o momento, Paes afirma que apoiará o candidato de seu partido para a Presidência da República, o senador Rodrigo Pacheco (MG), mas avalia como positivo o nome do presidenciável Ciro Gomes (PDT).
— Vamos caminhar, discutir, debater e ter uma candidatura única do PSD e do PDT. É uma aliança regional. O candidato do meu partido, o PSD, é o Rodrigo Pacheco. O candidato do PDT é o Ciro Gomes. Mas a gente entende que tem um caminho aqui grande para construir uma candidatura que atenda os interesses do Rio de Janeiro. A gente não pode deixar que os interesses de outros estados, de outras articulações, se sobreponham aos interesses aqui do nosso estado. É a nossa maior preocupação.
Fonte: O Globo

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