Exposição fotográfica do passado de Atafona é apresentada no Farol
- Atualizado em 28/01/2022 21:06
Museu Ambulante de Atafona
Museu Ambulante de Atafona / Foto: Divulgação
Nos dois próximos sábados (29/01 e 05/02), das 15h às 18h, e domingos (30/01 e 06/02), das 9h às 12h, a praia do Farol de São Thomé, em Campos, receberá uma exposição itinerante com fotos antigas de Atafona, no município vizinho de São João da Barra. Trata-se do Museu Ambulante, uma bicicleta de cinco rodas criada para carregar as 30 fotos e 40 caixotes de feira que compõem a exposição, realizada pela produtora cultural CasaDuna e pelo grupo de teatro Erosão. A parte central da atividade acontecerá onde se localiza a Tenda Cultural do Sesc Verão, promovido pela Prefeitura de Campos em parceria com o Sesc-RJ.
Assim como o Farol, a praia de Atafona é um território ocupado principalmente por pescadores residentes e por veranistas. Entretanto, há mais de 30 anos o balneário sanjoanense sofre um intenso processo erosivo, que já destruiu parte expressiva da sua área urbana, além de vir afetando ecossistemas como os mangues e as restingas.
O Museu Ambulante é composto por fotografias do acervo particular da CasaDuna e arquivos cedidos pela antropóloga Juliana Blasi Cunha; pelo presidente da Colônia de Pescadores Z-2, Elialdo Pereira Barros; e pela moradora atafonense Sônia Ferreira. Também há imagens tiradas pelos fotógrafos Elisael Pereira Barros, Rodrigo Sobrosa e Wellington Cordeiro. A curadoria é assinada por Fernando Codeço, reunindo imagens que reconstituem a paisagem perdida. São mostrados locais emblemáticos, como o antigo farol na entrada do Pontal, a antiga capela de Nossa Senhora dos Navegantes e o conhecido “prédio do Julinho”, que desabou em 2008. Também se fazem presentes as ruínas da praia, registros da Festa da Penha e retratos de personagens conhecidas, como Dona Belita, considerada a última moradora da Ilha da Convivência.
A bibicleta-museu foi criada originalmente pelo cenógrafo Rafael Sánches, para o espetáculo de teatro “Tempontal”, em 2018. A partir de proposta do diretor Fernando Codeço, ela foi adaptada para o projeto atual, que começou a ser realizado em 2021. Durante as apresentações do Museu Ambulante, os arte-educadores da CasaDuna e do Grupo Erosão vão montar e desmontar a exposição, andando por ruas e pela orla do Farol.
Por meio de jogos teatrais e performáticos, os integrantes do projeto apresentam histórias da região de Atafona, promovendo reflexões de memória, pertencimento e educação ambiental. Aos sábados, às 19h, também haverá exibições de dois curtas-metragens: um com o registro da apresentação de “Tempontal” nas ruas de São João da Barra, e o outro sobre as apresentações do Museu Ambulante na própria Atafona, feitas em abril do ano passado. Também estão previstos bate-papos com os realizadores.
Segundo a CasaDuna e o Grupo Erosão, serão seguidos todos os cuidados para prevenção à Covid-19. A equipe utilizará máscaras e álcool spray para higienizar as mãos de quem manipular os objetos da exposição. A produção executiva e coordenação pedagógica é feita por Lúcia Talabi, com direção de arte de Rafael Sánches, assistência de cenografia de João Cruz e Nico, e participações dos arte-educadores Jailza Mota, Julia Naidin, Rachel Rosa e Sidney Navarro.
Museu Ambulante de Atafona
Museu Ambulante de Atafona / Foto: Divulgação
Museu Ambulante de Atafona
Museu Ambulante de Atafona / Foto: Divulgação
Museu Ambulante de Atafona
Museu Ambulante de Atafona / Foto: Divulgação

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