Reabertura do Restaurante do Povo gera aglomeração e Wladimir pede desculpa
Dora Paula Paes e Mário Sérgio Junior 07/05/2021 11:12 - Atualizado em 07/05/2021 20:58
  • Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

    Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

  • Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

    Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

  • Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

    Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

  • Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

    Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

  • Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

    Reabertura do Restaurante do Povo (Fotos: Genilson Pessanha)

A reabertura do Restaurante do Povo Romilton Bárbara, em Campos, foi marcada por grande aglomeração de pessoas na manhã desta sexta-feira (7), o que não é recomendado neste período de pandemia da Covid-19, e por discursos políticos. A solenidade contou com a presença do governador Cláudio Castro, do prefeito Wladimir Garotinho e de toda sua família de políticos. O palanque serviu para o prefeito anunciar a retomada da obra do Mercado Municipal até o final do ano, o governador confirmar o restaurante de Guarus e a deputada federal Clarissa informar que Campos já tem R$ 30 milhões de emendas em Brasília. Na noite desta sexta, após grande repercussão sobre a quantidade de pessoas aglomeredas, Wladimir pediu desculpa em sua rede social. 
"Peço desculpas ao povo de Campos pela grande aglomeração causada hoje na reabertura do Restaurante do Povo. Mesmo pedindo que todos seguissem normas de segurança, não foi possível evitar. Nossa intenção em dar alimentos aos que precisam é nobre, reconhecer uma falha também é", escreveu o prefeito. 
O espaço, que fica na rua Lacerda Sobrinho, no Centro, foi fechado em 2017. Com a reabertura, o restaurante passará a oferecer 1,5 mil refeições diárias, entre café da manhã, almoço e jantar, para a população em situação de vulnerabilidade social. No total, serão oferecidas 270 mil quentinhas durante seis meses, por meio do programa RJ Alimenta.
O governador Cláudio Castro enalteceu a parceria com a Prefeitura de Campos. “Wladimir, a sua luta, a sua garra e, acima de tudo, a sua competência fez com que o Governo do Estado hoje já pudesse ajudar Campos na prática. E não foi só o dinheiro que a gente mandou porque também depende de uma gestão de qualidade, depende de um planejamento sério, depende deter coragem para tomar decisões amargas no início de governo, e essa coragem você teve o tempo todo. Então, se a Prefeitura já começa a ver dias melhores, se dá muito pela sua competência”, declarou.
O programa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos foi realizado em parceria com a Prefeitura de Campos, que reformou o restaurante com o apoio da iniciativa privada para adaptar aos protocolos e recomendações de segurança e prevenção à Covid-19.A reforma do espaço contou com apoio da concessionária Águas do Paraíba e da rede de supermercados SuperBom, que colocaram instalações adequadas para que os beneficiários do programa fizessem suas refeições de forma confortável e segura. A obra não teve nenhum custo para a administração.
O secretário estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Bruno Dauaire, lembrou da história do restaurante. "É uma história de resistência e parecia que estava escrito nas estrelas que a gente chegaria neste momento de mãos dadas aqui. Há sete anos pegamos esse restaurante fechado. O ex-governador Pezão fechou o Restaurante Popular e junto com a prefeita Rosinha, na época, a gente municipalizou esse restaurante podendo dar comida de qualidade, com preço barato, para a população que mais precisava. O ex-prefeito assumiu a cidade e fechou o Restaurante Popular. E foram dois anos que eu e o prefeito Wladimir nos unimos a vários amigos e mantivemos o café da manhã aqui, porque a população vinha para cá para poder tomar o café. E foi assim que esse restaurante se tornou uma resistência. É determinação do governador que a gente combata a fome de todo o estado do Rio porque a situação é muito crítica. E aqui vai funcionar um equipamento que vai dar 1.500 refeições diárias de graça para a população que mais precisa", disse.
Na presença da mãe Rosinha e do pai Anthony Garotinho (Ex-prefeitos e ex-governadores), emocionado, Wladimir disse que é a hora de esquecer a política e todos caminharem unidos. “Não era da minha vontade me candidatar a prefeito, estava bem trabalhando como deputado. Mas aceitei esse desafio e aqui estou fazendo a política que gosto que é a de olhar para a frente e com muito trabalho. Minhas primeiras metas são colocar em dia pagamentos dos servidores, reabrir o restaurante do povo e reiniciar as obras do Camelódromo e do Mercado Municipal”, disse.
Se o prefeito chorou de emoção, Ana Rosa Duarte, de 58 anos, estava rindo de contentamento. Moradora da Baixada, esperava na fila gigantesca pacientemente pela sua vez de almoçar. “Estou aqui no Centro quase todos os dias e ter onde comer ou tomar um café é uma graça muito grande”, disse ela que vive de “bico” fazendo faxina.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu, destacou que a entrega do Restaurante do Povo é o compromisso de campanha que foi cumprido. “O programa social tem que existir, principalmente neste período de pandemia e na atual situação econômica que a cidade se encontra, para evitar a fome e miséria. Mas, o município tem que promover programas de desenvolvimento econômico e geração de emprego da população. Com isso, os encargos com programas sociais vão diminuir para o poder público”, comentou.

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