Em Atafona de outros tempos, uma divertida história no Bar Cruz de Malta
- Atualizado em 20/09/2020 08:02
Gente muito boa, José Clemente Pereira, o Monsieur Pavoné, boêmio inveterado, estava no Bar Cruz de Malta, em Atafona, tomando uns aperitivos com os playboys da época, todos solteiros, gente como Orencinho Aquino, Gilberto Cruz, Cristóvão Lyzandro Gomes, Geraldo Guzzo e por aí vai.
Eis que aparece uma doméstica, jambete recortada e rebolativa, daquelas de fechar o comércio.
Na mesa, a conversa pára. Cada um dos meninos ricos joga o seu charme e a mulata na dela, dentro de um vestido justo que acentuava as suas belas curvas.
Na mesa concorrida, o olhar da jambete passa por todos e recai em Monsieur Pavoné. Ele, de imediato, se levanta cheio de amor para dar.
A jambete não espera a abordagem. Aproxima-se da mesa e é incisiva diante de Pavoné:
— É o seguinte: o homem que toca a bomba da caixa d`água lá em casa sumiu e a patroa pediu para eu arranjar alguém para esta empreitada. Você topa?"
Detalhe: Essa histórinha entrou no divertido repertório do saudoso Monsieur Pavoné, tio do nosso amigo Afonso Muniz.
Por muito tempo, na mesma Atafona, e no Bar do Jorge Nascif, o Garra de Ferro, Pavoné passava horas cercado por amigos, que se divertiam com as suas histórias, inclusive esta.
E Pavoné sempre exagerava incidentes provocados pelo fato de ser colored.

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    Saulo Pessanha

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