Hospital de Campanha continua sem prazo, mas desmontagem é fake news
14/06/2020 11:25 - Atualizado em 31/07/2020 20:27
Hospital de Campanha dia 14/06/2020
Hospital de Campanha dia 14/06/2020 / Carlos Valpassos
O Hospital de Campanha de Campos continua sem prazo para inaugurar. No entanto, neste domingo (14), começou a circular na internet a informação, junto com imagens, de que a unidade estaria sendo desmontada. Isso não procede. A equipe da Folha esteve no local, o antigo terreno da Vasa, na 28 de Março, e a estrutura continua montada. Inicialmente, a inauguração foi prevista para 30 de abril, depois foi adiada para 25 de maio e por último para o dia 12 de junho. De acordo com a secretaria estadual de Saúde, o cronograma de inauguração dos hospitais de campanha será revisto somente após a conclusão das unidades de Nova Iguaçu e São Gonçalo.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou "que não procede a informação de desmobilização do Hospital de Campanha de Campos dos Goytacazes. A SES destaca que engenheiros da Infraestrutura e Obras (SEINFRA) já realizaram vistorias em todos os hospitais, e com base nos dados técnicos coletados, será feito um cronograma real com as datas de conclusão das obras. A SES informa ainda que na próxima semana técnicos da Secretaria estarão nos hospitais de campanha de São Gonçalo e Nova Iguaçu para nova avaliação e definição de datas para a entrega das unidades".  
Os atrasos do Hospital de Campanha de Campos começaram desde a sua instalação. Inicialmente, a montagem havia sido anunciada para o dia 26 de março. Porém, não aconteceu. No dia 2 de abril, uma equipe do Governo do Estado esteve em Campos, acompanhada do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), para fazer uma inspeção na área da antiga Vasa. Uma dia depois equipes da Prefeitura realizaram a limpeza do terreno. Após isso, a instalação foi prevista para o dia 6 de abril e sua conclusão para o dia 30 do mesmo mês, o que também não aconteceu. A montagem só começou em 10 de abril e ainda não foi concluída. 
As operações Favorito e Placebo, do Ministério Público e Polícia Federal, apontaram fraudes nos contratos emergenciais do Estado do Rio para a construção dos hospitais de campanha no valor de R$ 835 milhões.
Foram constatados indícios da participação do governador e sua esposa, a advogada Helena Witzel, além do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, do ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão, e do empresário Mário Peixoto, preso no dia 14 na operação Favorito, desdobramento da Lava Jato.
Na última quarta-feira (10), foi aberto processo de impeachment contra Witzel na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
  • Hospital de Campanha de Campos: 14/06/2020

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    Hospital de Campanha de Campos: 14/06/2020

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