Linda Mara e Thiago Virgílio ainda estão foragidos
Aldir Sales 01/11/2019 22:41 - Atualizado em 05/11/2019 16:53
Rodrigo Silveira
Os ex-vereadores Thiago Virgílio (PTC) e Linda Mara (PTC) continuam foragidos da Justiça. Os dois foram condenados criminalmente, em segunda instância, a 5 anos e 4 meses de cadeia por participação no que o Ministério Público chamou de “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal. A ordem de prisão foi expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral, que entendeu que houve trânsito e julgado no processo. Na última quinta-feira, outro ex-vereador sentenciado na operação Chequinho, Kellinho (Pros), se entregou na sede da Polícia Federal de Campos e foi encaminhado para o presídio Carlos Tinoco da Fonseca.
O delegado Paulo Cassiano, da PF, informou, na última quinta, que os agentes vêm tentando encontrar os três ex-vereadores há quase um mês, mas sem sucesso.
— As ordens de prisão foram expedidas para Campos pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral em exercício, Cláudio Brandão de Oliveira, e estamos, desde que recebemos esses mandados, diligenciando para tentar cumprir. Não conseguimos localizá-los nos endereços cadastrados, disponíveis no sistema da Polícia Federal. Uma advogada esteve na delegacia representando os interesses do Kellinho (anteriormente), tomou ciência da ordem de prisão do cliente, numa conversa que teve com o chefe da delegacia, prometeu apresentá-lo na semana passada e não o fez. Novas tentativas de localizá-los serão feitas e, se até o próximo domingo eles não se apresentarem, eu farei informação ao juiz de que nós realizamos essas diligências e faremos a sugestão que o juiz mude o regime de semiaberto para fechado — disse Paulo Cassiano.
Após a condenação, a defesa dos réus entrou com diversos recursos no TRE. Segundo o desembargador, o objetivo seria protelar o cumprimento da sentença. Enquanto isso, os advogados dos três ex-vereadores conseguiram um habeas corpus com o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), para poderem responder em liberdade até o trânsito e julgado do processo ou nova decisão do STF sobre a constitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância.
A defesa dos ex-vereadores informou que já existe um novo recurso no TSE, que considerada a decisão do TRE teratológica, mas que não vai comentar as declarações de Paulo Cassiano. 

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