Plinio Bacelar conta com Departamento de Biologia Molecular e Genética
29/10/2019 18:28 - Atualizado em 05/11/2019 14:33
Genilson Pessanha
Fundado em 1942, o Laboratório Plínio Bacelar foi pioneiro em Campos em diversos setores de análises e pesquisas clínicas. Com objetivo de continuar atendendo às necessidades médicas, que evoluem continuamente de acordo com os avanços tecnológicos, passou a contar há aproximadamente dois anos com um menu de exames de genética e biologia molecular. Trata-se do selo BioMol, com novas metodologias, gerando mais segurança e auxiliando na prevenção, no diagnóstico e tratamento dos pacientes, aderindo ao que se considera o futuro da medicina laboratorial.
Foto: Genilson Pessanha
— Passamos a notar uma demanda maior nos exames específicos, considerados exames especiais, de genética e biologia molecular. Seguindo a tendência de mercado de laboratório, foi criado um setor específico para exames nesta área. Contamos com uma equipe de quatro funcionários só para a área de genética e biologia molecular. São exames novos, modernos — disse o diretor administrativo do laboratório, Pedro Bacelar.
O Departamento de Biologia Molecular e Genética fica na própria sede do laboratório, situada à rua José do Patrocínio, 99, no Centro. A equipe do BioMol é formada atualmente pelos biólogos Marcus Paulo Azeredo e Arianne Fabres, ambos especializados em análises clínicas, Kamylla Pinheiro e Amanda Salles, estas técnicas da mesma área. Arianne também conta em seu currículo com doutorado em biociência e biotecnologia.
Um dos exames disponíveis, que tem ficado bastante conhecido recentemente, é o de sexagem fetal. Por meio de uma amostra do sangue materno, é possível descobrir o sexo do bebê a partir da oitava semana completa de gravidez, realizando a pesquisa do cromossomo Y circulante no plasma da mãe. Como os cromossomos Y são exclusivos de indivíduos do sexo masculino, a presença de fragmentos no sangue da mãe indica uma gestação do sexo masculino. Por sua vez, a sua ausência indica uma gestação do sexo feminino. O teste é seguro e apresenta uma sensibilidade de 99%, com uma antecipação em tempo no comparativo com o exame de ultrassom, por exemplo, onde somente a partir da 13ª semana é possível alcançar uma sensibilidade elevada para identificação do sexo.
Há também o Teste Pré-Natal Não Invasivo (Nipt), exame de triagem que detecta ainda na gestação e através de uma amostra de sangue materno se o bebê apresenta algumas das principais síndromes genéticas, além de determinar o sexo fetal. Feito a partir da nona semana de gestação, o resultado fica pronto em até 15 dias. É seguro, preciso e não invasivo, não oferecendo risco à saúde da mãe e do bebê. É necessária indicação do médico responsável para a realização do exame.
Até recentemente, o rastreio não invasivo de anomalias cromossômicas no período pré-natal era realizado somente com ultrassonografia combinada à triagem bioquímica no soro materno. Mas, os avanços tecnológicos na análise de DNA permitiram desenvolver exames de triagem pré-natal como o Nipt, que, devido ao seu alto grau de assertividade, reduz também a necessidade da realização de outros exames invasivos.
O BioMol inclui ainda exames como o CGH Array, que detecta virtualmente todas as síndromes de microdeleção e microduplicação definidas citogeneticamente, transtorno do espectro do autismo e anomalias congênitas múltiplas; Exoma completo, eficiente para identificar causas genética de doenças ou deficiências; testes genéticos de intolerância ao glúten e à lactose, entre outros.
Farmacogenética na psiquiatria — Ciência que estuda a interação entre genes e medicamentos, a farmacogenômica permite, através da análise de regiões específicas do DNA, obter informações sobre o perfil de metabolização do paciente para um determinado fármaco, bem como o perfil esperado de resposta ao tratamentoEmbora não façam um diagnóstico se determinado paciente está ou não depressivo, por exemplo, os exames farmacogenéticos representam um grande avanço na psiquiatria. Partem do princípio de que é possível saber, através do genoma do indivíduo, quais drogas são mais afetivas; avaliam a influência da variação genética na resposta do organismo aos medicamentos. O resultado do teste genético apresenta tendências de comportamento de cada medicamento em relação à dosagem, eficácia e probabilidade de efeitos colaterais no organismo daquele paciente, além de interações medicamentosas. O teste avalia genes que estão relacionados ao metabolismo dos medicamentos. (M.B.) (A.N.)
Foto: Genilson Pessanha

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