Makhoul Moussalem se diz favorável a ponto biométrico e critica carga horária
Maria Laura Gomes 24/04/2019 12:33 - Atualizado em 27/04/2019 11:14
Isaías Fernandes
Tema alvo de debates e divergências entre servidores e poder público municipal, o ponto biométrico foi um dos assuntos analisados pelo médico e ex-candidato à Prefeitura de Campos Makhoul Moussalem. O neurocirurgião foi o entrevistado da primeira edição do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98.3, desta quarta-feira (24). Para ele, o ponto é necessário, mas é preciso que haja ajustes e melhorias nas condições de trabalho dos profissionais da área. O médico também fez uma análise sobre o governo municipal.
Favorável ao ponto biométrico, Makhoul afirmou que, para que sejam cumpridos os horários determinados, é recomendável que haja uma revisão na carga horária dos plantões médicos.
— Eu sou a favor do ponto. Não tem problema nenhum. Se o médico tem que trabalhar por quatro horas, ele vai ter que trabalhar por quatro horas. Eu não posso de maneira alguma defender o médico que falta o plantão, mas eu queria saber qual médico aguenta um plantão de 24 horas. Só no Brasil é assim. Coloca um plantão de 12 horas, não tem dificuldade. O médico precisa dormir. Não tem como pegar um plantão de 24 horas, e o pagamento ser um “finge que me paga que eu finjo que trabalho” — criticou o médico.
A recente mudança na secretaria de Saúde, que levou Abdu Neme a assumir a pasta em 21 de março, também foi comentada por Makhoul. Questionado sobre o novo secretário, o médico desejou sucesso, mas afirmou que, para assumir um cargo político, é preciso que haja formação específica. “Quando um médico tem que tratar de Saúde Pública, ou ele faz um curso de pós-graduação na área ou tem uma formação eclética, o que não é comum no meio médico”, declarou.
A recente mudança na secretaria de Saúde, que levou Abdu Neme a assumir a pasta em 21 de março, também foi comentada por Makhoul. Questionado sobre o novo secretário, o médico desejou sucesso, mas afirmou que, para assumir um cargo político, é preciso que haja formação específica.
— Quando um médico tem que tratar de Saúde Pública, ou ele faz um curso de pós-graduação na área ou tem uma formação eclética, o que não é comum no meio médico. O médico é um cara muito capaz, mas é muito focado na questão da saúde individual. Até a insegurança que as pessoas têm de ir e vir no trânsito é tema de saúde pública. Mas quase ninguém entende isso. Eu não sei a formação do Abdu em Saúde Pública. Sei que ele é um excelente cardiologista — declarou.
O neurocirurgião, que já concorreu à Prefeitura de Campos, fez uma análise sobre o governo Rafael Diniz. Ele afirmou que a Prefeitura está mais organizada, mas que os problemas básicos da população precisam ser resolvidos
— Eu escrevi vários artigos na Folha em apoio a ele. Eu fui à Prefeitura duas vezes depois que ele foi eleito e fiquei agradavelmente surpreso. Em outros tempos, era uma loucura, muita gente saindo de lá. Depois disso, quando eu fui, não vi ninguém. Cheguei na hora e logo fui atendido, não porque era eu, mas eu reparei que marcavam uma hora e não tinha aquela muvuca que eu via na época dos outros governos. Ele limpou a área. Mas ainda tem que resolver os problemas básicos da população: saúde, segurança e condições sociais econômicas — finalizou.
O convidado desta quinta-feira (25) no programa Folha no Ar, a partir das 7h, será secretário de Governo de Campos, o jornalista Alexandre Bastos.
Confira a entrevista completa:

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