Um incidente na plataforma P-33, na Bacia de Campos, fez com que os trabalhadores fossem desembarcados da unidade na manhã da última terça-feira, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Já na última segunda-feira, a Petrobras confirmou o vazamento de aproximadamente 940 litros de óleo na P-25, também na Bacia de Campos. Ontem, a Petrobras informou que o óleo foi extinto.

De acordo com o Sindipetro-NF, o incidente na P-33 teve origem em problemas com uma das baleeiras (bote usado para salvamento em casos de emergência). A entidade informou, ainda, com base no SMS da Petrobras, que 23 trabalhadores foram desembarcados e a Marinha foi informada.

O problema com a baleeira, de acordo com o Sindipetro, aconteceu na tarde de segunda, por volta das 15h30, quando era realizado um teste de inspeção anual e o equipamento estava desocupado. Durante esse teste houve falha no freio da baleeira e a parte de trás desceu três metros, causando sua interdição temporária.

— O Sindipetro-NF estava presente no momento que os trabalhadores desembarcaram e passou as orientações para casos semelhantes. Agora é necessário que a empresa solucione o problema, para que o pessoal embarque novamente, já que o número de pessoas a bordo não pode exceder o contingente atendido pelos equipamentos de salvatagem — explicou, em nota, o sindicato.

Em nota, a Petrobras informou que "durante testes operacionais rotineiros preventivos realizados nas baleeiras da P-33, uma delas não foi aprovada. Conforme nossos procedimentos de segurança e legislação marítima pertinente, parte da equipe foi desembarcada para garantir condições plenas de salvaguarda marítima. A causa já foi identificada e a correção do equipamento está em curso. Vale informar que as demais baleeiras da unidade também foram testadas e estão operacionais e que a unidade segue em operação segura e dentro das normas e regulações aplicáveis".

Vazamento - A Petrobras confirmou, na última segunda, o vazamento em um oleoduto que liga a P-25 a P-31, no campo de Albacora, na Bacia de Campos. A estatal informou que embarcações realizaram dispersão mecânica no mesmo dia da ocorrência e que os sobrevoos até então realizados não identificaram manchas no mar. O vazamento foi prontamente interrompido e a produção da P-25 está paralisada até que haja o reparo do oleoduto.

Os trabalhos têm o acompanhamento da Marinha, com a ANP e o Ibama sendo prontamente informados das ações de resposta.