Pesca também é aliada do lazer
Virna Alencar 09/02/2019 16:09 - Atualizado em 12/02/2019 17:31
Adepto Sargento do Exército, Anderson Gomes dos Santos pratica a pesca recreativa há 15 anos
Adepto Sargento do Exército, Anderson Gomes dos Santos pratica a pesca recreativa há 15 anos / Genilson Pessanha
Em meio ao avanço da tecnologia, uma antiga atividade manual serve como refúgio na hora do lazer. A pesca recreativa é comum em Campos. Prova disso é que todos os dias é possível ver várias pessoas com suas varas de pesca à beira do rio Paraíba do Sul. O aposentado Francisco Terra, de 62 anos, e o sargento do Exército, Anderson Gomes dos Santos, de 49, são exemplos de que a atividade pesqueira vai além de um sustento de vida. Entre as espécies mais encontradas nas águas do Paraíba, estão: bagre, robalo e dourado. Mas, para os amantes da pesca, o que realmente importa são as horas de tranquilidade.
Com apenas 10 anos de idade, o aposentado Francisco Terra começou a pescar por influência dos familiares. Hoje, ele faz da prática uma terapia para superar a saudade da esposa, que, há dois meses, faleceu. Assim como ele, muitos pescadores possuem uma relação direta com o rio Paraíba do Sul, que, mesmo em tempos modernos, contribuem significativamente para o fortalecimento da atividade pesqueira na cidade.
O pescador, morador do Parque Santa Clara, em Guarus, costuma parar com a bicicleta na ponte General Dutra, no Centro. Nela, ele transporta a varinha de pesca, a isca, além do café, remédio de pressão e água, considerando o tempo de pesca, que costuma variar entre as 16h e 20h. O horário, segundo ele, é favorável, pois, assim como as primeiras horas da manhã, os peixes costumam sair para comer no fim da tarde. “Costumo usar como isca manjubinha e isca de chão que costuma cavar na Baixada. Aprendi a pescar desde pequeno com minha mãe, que entrava com água na cintura para pescar de anzol. Tem dia que não pego nada. Na verdade, faz tempo que não dou sorte, mas se eu ficar em casa vou olhar para as coisas que me fazem lembrar dela (esposa que faleceu). E o peixe, quando entra na linha, a gente esquece tudo, a pressão até baixa”, disse, garantindo que o pescado que consegue é para o consumo próprio.
O sargento do Exército, Anderson Gomes dos Santos, de 49 anos, que mora no bairro Fundão, em Guarus, é mais um amante da atividade pesqueira no rio Paraíba do Sul. Ele é carioca, mas desde 1993 foi transferido do 21º Grupo de Artilharia em Campanha (GAC) de São Cristóvão para Campos e, desde então, diz se considerar campista. De lá para cá, já são 15 anos dedicados à prática que considera como esporte.
— A cidade de Campos tem tudo o que precisa. Mesmo com os tantos desafios que o Paraíba enfrenta, ainda tem peixe. Por isso, procuro pescar com segurança e consciência. A minha pescaria é a chamada “pesque e solte”, logo, não pesco para consumo próprio e a maior parte do pescado é devolvida para a natureza. Até a isca é artificial. A prática é tradicional e está viva entre os campistas. Tem dia que não tem como parar com o barco, de tanta gente — contou o sargento.
Diferente de seu Francisco Terra, Anderson escolhe o bairro da Coroa para pescar. Em seu barco, ele transporta o material de pesca, motor elétrico e equipamentos de segurança. Diferente de seu Francisco Terra, Anderson escolhe o bairro da Coroa para pescar. Em seu barco, ele transporta o material de pesca, motor elétrico e equipamentos de segurança.

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