Primavera deve ser menos chuvosa que o esperado, aponta meteorologista
A primavera chegou oficialmente nessa segunda-feira (22), trazendo a transição de temperatura e colorindo Campos com os ipês-amarelos, que neste ano floresceram antes mesmo do início da nova estação. No entanto, especialistas da saúde alertam para doenças respiratórias nesse período.
A principal característica deste período é o aumento gradativo do calor, começa mais ameno e termina com dias mais quentes. Tradicionalmente, é também a estação mais chuvosa na região Norte Fluminense, mas a tendência para este ano é de menos chuva, segundo informou o meteorologista, Carlos Augusto Souto.
A primavera chegou oficialmente nessa segunda-feira (22), trazendo a transição de temperatura e colorindo Campos com os ipês-amarelos, que neste ano floresceram antes mesmo do início da nova estação. No entanto, especialistas da saúde alertam para doenças respiratórias nesse período.
A principal característica deste período é o aumento gradativo do calor, começa mais ameno e termina com dias mais quentes. Tradicionalmente, é também a estação mais chuvosa na região Norte Fluminense, mas a tendência para este ano é de menos chuva, segundo informou o meteorologista, Carlos Augusto Souto.
“Por conta do fenômeno La Niña devemos ter uma primavera menos chuvosa que o normalmente esperado. O que não impede a ocorrência de fenômenos extremos, como ondas de calor e chuvas intensas concentradas em poucos dias”, explicou.
A recomendação para essa estação é manter a hidratação com a ingestão de água, andar com protetor solar e guarda-chuva. Além de se manter atento aos alertas meteorológicos e cumprir as determinações da defesa civil.
O município tem um símbolo da primavera que chama a atenção na paisagem urbana. Neste ano, eles floresceram antes do esperado, antecipando o colorido da estação. Para Maria Eduarda Chaves, as árvores com os ipês-amarelos promovem alegria e embelezam as ruas da cidade.
"Eu adoro os ipês, acho que eles transformam completamente a paisagem da cidade. Deixam as ruas mais vivas e alegres, quase como se fosse uma decoração natural. É um detalhe que faz toda a diferença, valoriza o espaço urbano e traz mais beleza para o nosso dia a dia. Eu tinha tantas fotos dos ipês, onde eu via parava para tirar uma foto e guardar, traz uma sensação boa e deixa tudo mais bonito”, comentou.
Já Melyssa Gregório relatou o amor pelos ipês virou inspiração para uma poesia, onde escreve que amarelas irradiam e se tornam protagonistas absolutas. “Acho que os ipês compõem o cenário de Campos há muitos anos. A população já espera o período de florescerem, trazendo cor e poética ao cenário urbano”, disse.
Mas com o período de florescimento e aumento de pólen no ar, surge o alerta para as doenças respiratórias como rinite alérgica, asma e conjuntivite alérgica. Além das infecções respiratórias virais como gripes e resfriados, e de alergias como dermatite de contato e urticária.
De acordo com a alergista e imunologista, Grazielle Petrucci, o pólen em contato com as mucosas de pessoas alérgicas entra como um gatilho e desencadeia reações inflamatórias.
“As mudanças climáticas alteram a qualidade do ar aumentando a concentração e o tempo de exposição aos alérgenos como o pólen. Essas condições de umidade alterada e maior permanência em ambientes fechados podem acumular poeira e ácaros que também podem agravar os sintomas de alergia respiratória, entre eles, espirros, coriza, congestão nasal, coceira no nariz, olhos e na garganta, vermelhidão e irritação ocular, tosse e dificuldade para respirar e até coceira na pele”, explica.
Já a pneumopediatra, Ellem Ramos, alerta os sintomas que podem ser observados em crianças e reforça que os cuidados devem ser redobrados com crianças pequenas.
“No caso das crianças pequenas, se elas apresentarem dificuldade para mamar, engasgos ou recusarem líquidos, ficarem muito sonolentas ou respirarem com esforço, devem ser avaliadas rapidamente. Quanto menor a criança mais rápido o quadro pode evoluir para mais grave. Todos podem ser afetados. Mas as crianças por terem a imunidade menos desenvolvidas e frequentares creches ou escolas, estão mais sujeitas a adquirir os quadros infecciosos. E, quanto menor a criança, mais chance de evoluir para um quadro mais grave”, comentou.
Especialistas recomendam beber bastante água; manter a casa arejada; lavar roupas de cama semanalmente; evitar varrer a casa, preferindo passar pano úmido ou usar aspirador; lavar o nariz com soro fisiológico para reduzir a quantidade de alérgenos nas vias respiratórias e ajudar a umidificar; evitar locais muito fechados; manter o tratamento contínuo de prevenção para quem já tem asma ou rinite; usar umidificador ou mesmo uma bacia com água no quarto na hora de dormir se o clima estiver muito seco e manter as vacinas em dia e as consultas de rotina com pediatra. Em casos mais graves, procurar acompanhamento médico.