A previsão é que dentro de 30 dias seja finalizada a segunda fase do projeto de recuperação do Solar do Colégio, sede do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, em Tocos, na Baixada Campista. O projeto, dividido em quatro etapas, no momento está concentrado na instalação da sobrecobertura metálica. Já a terceira fase terá início após licitação, em andamento, com expectativa da escolha da empresa até o final de 2025 - são 14 no processo. O terceiro momento consiste na reforma e restauração do patrimônio histórico. Enquanto isso, a ocupação do Solar pelo Arquivo Público completa 24 anos, no próximo dia 18.
A intervenção – iniciada em dezembro do ano passado – demorou três para começar, com repasse de R$ 20 milhões, oriundos de sobra do duodécimo da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para a restauração do Solar. A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) é a responsável pelo planejamento e execução das obras de restauro do Solar e reestruturação do Arquivo. De acordo com a assessoria da Universidade, o trabalho ocorre em quatro fases A primeira foi contratação de uma empresa para fazer o projeto da sobrecobertura de todo o arquivo. No momento, toda a estrutura metálica da sobrecobertura está pronta. Agora, só falta a instalação das telhas.O trabalho segue o cronograma.
“A terceira parte é o projeto da obra que será executada na reforma e restauração. Esse projeto foi licitado e está em fase final de análise de documentos da empresa arrematante. Ele depende da finalização da sobrecobertura, pois é necessário fazer a retirada de todo telhado para ver as condições e, caso seja necessário, definir os locais que sofrerão as intervenções. Apesar de licitado, o projeto só pode ser finalizado depois da análise do telhado.A quarta fase é a obra de reforma e restauração de todo prédio”, informa a Uenf.
O imóvel administrado pela prefeitura de Campos, apor meio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), recebeu a visita do prefeito Wladimir Garotinho no último sábado (10).O prefeito também visitou o interior do Solar. O Arquivo Público é considerado referência nacional e internacional.
“Trata-se de um importante ato de resgate do patrimônio histórico de Campos. Por intermédio do então presidente da Alerj, André Ceciliano, conseguimos a verba para essa restauração tão sonhada, que agora já começa a ganhar forma, garantido a preservação dos documentos e a perpetuação de um prédio tão importante para todos os campistas”, avaliou Wladimir Garotinho.
Rafaela Machado, coordenadora do Arquivo Público, destacou a importância da visita do prefeito. “Foi muito simbólica e muito impactante, porque, afinal de contas, representa a chance de mostrarmos para a população o que vem sendo feito, detalhando a recuperação que está em curso do Solar do Colégio, o edifício mais antigo do município. Queremos que a comunidade veja como esse dinheiro vem sendo aplicado, pois há décadas nós esperávamos por investimento e ele finalmente chegou. Wladimir sempre se faz presente no Arquivo, espaço que antes não era visitado por prefeitos”, disse.
Criado em 18 de maio de 2001, por meio da Lei nº 7060, sob a gestão da FCJOL, o Arquivo Público foi instalado no Solar do Colégio – tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – e, desde então, passou a abrigar, em seu imponente complexo, arquivos da Prefeitura de Campos e da Câmara de Vereadores, além de edições do jornal Monitor Campista e de outros jornais.A documentação cartorária da Comarca de Campos representa, atualmente, 70% dos documentos armazenados no Arquivo.
Em 2011, nas comemorações de seus 10 anos, o equipamento ganhou o nome do escritor Waldir Pinto de Carvalho (1923-2007), um dos mais apaixonados pela história de Campos, documentada em boaparte de suas 22 obras, expostas na sala de entrada do Solar. (A.N.) (D.P.P.)