Cover de Cazuza, Dodó Cunha se emociona ao encontrar Lucinha Araújo
Dora Paula Paes - Atualizado em 12/03/2025 07:55
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A emoção de concluir o desfile da escola de samba da Camisa Verde e Branco beijando as mãos de Lucinha Araújo faz parte, agora, da história de vida do estilista campista Dodó Cunha, que é cover do cantor e compositor brasileiro Cazuza, que morreu em 1990, aos 32 anos. Ele foi um dos covers escolhidos pela própria mãe do músico para participar dessa homenagem que foi prestada no Carnaval de São Paulo. A Camisa Verde e Branco defendeu o enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”.

Lucinha, 89 anos, é uma dessas mães que transformou dor em um novo motivo para sua existência. Após testemunhar o calvário do filho, Cazuza, em sua luta contra a Aids, se juntou ao marido, João Araújo, amigos e médicos e em 1990 fundaram a Sociedade Viva Cazuza. Em sua entrevistas, Lucinha sempre conta que a instituição nasceu da sua "dor e de um trauma para salvar a sua própria vida". Quanto à homenagem da Camisa Verde e Branco ao seu filho, ela disse ser merecido e pontuou: “Cazuza era louco por Carnaval”.

Dodó ainda está impactado por ter participado dessa grande homenagem. “Desfilei na sexta de Carnaval. Fui um dos seis covers escolhidos pela própria Lucinha Araújo. Quando o vice-presidente da escola de samba me contactou através do contato fornecido pela sobrinha adotada como filha de Lucinha, a Fabiana Araújo, nem acreditei na ligação”, lembra.
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Segundo Dodó Cunha, atravessar o sambódromo contando a história de Cazuza é uma emoção indescritível. A escola, conta ele, foi a última a desfilar, na sexta de Carnaval, quando entraram na avenida às 5h50.

- Um samba perfeito que conta o apogeu do poeta e o amor e a saudade entre o filho e a mãe, eu me emocionei e imediatamente inseri em minha alma toda a canção do samba-enredo da Camisa Verde e Branco. Quem fala de amor e ama escrachadamente o Cazuza como nós, foi realmente ver o dia nascer feliz.

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Após o desfile, relata Dodó, que chegou a cantar a introdução de um “Um trem para as estrelas”, instintivamente, foi quando Lucinha olhou para ele. “Ela viu a força e amor que temos pelo filho dela”. Além de Dodó, do Estado do Rio, ainda participaram covers de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Apesar do enredo emocionante, a Verde e Branca não venceu o Carnaval de São Paulo. 

É com esse gás, que Dodó inicia em 2025 mais uma temporada de apresentações do seu show “Dodó Cunha Canta o Poeta”, na sexta-feira (14), no Moto Clube, que fica no bairro do Caju, em Campos. O show será às 20h e a entrada 1kg de alimento.

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