A unidade Sesc Grussaí, uma das maiores unidades no país, com 1,8 milhão de metros quadrados, foi escolhida para abrigar o projeto que tem como objetivo criar no estado do Rio um polo turístico e artístico de referência internacional. O Sesc RJ iniciou os trabalhos para criar, na unidade em São João da Barra, uma área semelhante ao Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho (MG). No momento, a fase é de limpeza do espaço, definição de circulações e deliberações sobre as ocupações das estações de trem, do parque e das oficinas. As exposições “Ribeirar” e “Riscar o Chão”, com obras de mestres como Abelardo Zaluar, Alfredo Volpi, Carlos Scliar e Dionísio Del Santos, marcam etapas iniciais do projeto.

Com uma área semelhante ao Instituto Inhotim - o museu a céu aberto mineiro é considerado um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e o maior museu a céu aberto do mundo - o Sesc de Grussaí apresenta condições similares. Desde 2023, começaram os estudos conceituais e visitas técnicas. O projeto não impactará o serviço hoteleiro da unidade, com capacidade atual de mais de 700 pessoas. Ao contrário: a meta é ampliar a capacidade, assim como impulsionar também a rede hoteleira ao entorno, dentro e fora do município.

Assim como em Inhotim, a ideia do Sesc RJ é atrair para o local a vanguarda da arte contemporânea com exposições permanentes e temporárias compostas por obras assinadas por artistas de projeção nacional e internacional. E que as obras dialoguem harmoniosamente com a natureza local, permitindo, inclusive, a realização de projetos de educação artística e ambiental.

Início do projeto

A exposição “Riscar o Chão” aborda, em linhas e traços, o corpo em movimento. A curadoria é de Marcelo Campos e Leonardo Anta.A mostra reúne gravuras do acervo do Sesc e incorpora artistas locais da região.
A inauguração da exposição aconteceu no início de dezembro do ano passado.

"Riscar o Chão", que já esteve em cartaz no Arte Sesc, no Flamengo, ganhou uma nova dimensão na temporada do Sesc Grussaí ao incorporar artistas locais, como o estilista Nelcimar Pires e os fotógrafos André Luiz Pereira, Fabiano Melo, Isadora Azevedo e Lucas Cardoso.

Em cartaz até 3 de agosto de 2025, a exposição promove um diálogo entre o carnaval, a ancestralidade e outras manifestações populares, como as danças e religiões de matriz africana, pilares fundamentais da cultura brasileira.

Dentre as 77 obras reunidas da mostra, há serigrafias e litogravuras dos mestres Abelardo Zaluar, Alfredo Volpi, Athos Bulcão, Carlos Scliar e Dionísio Del Santo, datadas de 1984 e pertencentes ao acervo do Sesc RJ. Além disso, podem ser conferidas fotografias dos artistas convidados Guy Veloso e Vítor Melo, que registraram cenas emocionantes do Carnaval carioca entre 2019 e 2023.

A mostra pode ser conferida de quarta-feira a domingo, das 10h às 18h. Para agendamento de grupos (acima de 10 pessoas): enviar e-mail para [email protected]. A entrada é franca. (D.P.P.) (A.N.)