Museu Histórico de Campos reabre ao completar nove anos de existência
28/06/2021 14:58 - Atualizado em 28/06/2021 15:21
Museu Histórico de Campos programa sua reabertura ao público com programação “híbrida”, com início hoje (28), indo até a próxima quarta-feira (30).
Museu Histórico de Campos programa sua reabertura ao público com programação “híbrida”, com início hoje (28), indo até a próxima quarta-feira (30).
Depois de dezesseis meses fechado, o Museu Histórico de Campos inicia sua reabertura ao público com programação “híbrida”, começando hoje (28), e seguindo até a próxima quarta-feira (30). O portal da Fundação Cultual Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), no YouTube (link aqui), terá, às 18 horas, evento virtual com a vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Serejo, com o tema: “Os Museus e a memória material: por que é tão importante preservar?”. Amanhã, o Museu campista completa nove anos de existência, e terá uma solenidade em seu interior, com poucos convidados, seguindo os protocolos sanitários impostos pela pandemia.
O Solar do Visconde de Araruama, construído no final do século XVIII, que hoje abriga o Museu, já foi sede da Câmara de Vereadores nos anos 1870. A Câmara adquiriu o imóvel por 50 contos de réis. A Prefeitura também se instalou no mesmo prédio, em 1904, onde permaneceu até 1969, quando o gabinete do prefeito foi instalado em um edifício construído para esta finalidade. O Solar integra um grupo de quatro importantes imóveis, localizados no centro histórico de Campos. Em conjunto com o Hotel Gaspar, Lira de Apolo e Hotel Amazonas, representam parte importante da história de Campos, devendo ser preservados, para continuar cumprindo seus objetivos de educação patrimonial e cultural.
A coordenadora do Museu Histórico, Graziela Escocard, fala sobre a expectativa da reabertura: “a melhor possível. A equipe está muito animada, com retorno do Museu, aos poucos. Passamos por conservação e higienização do acervo que vai estar exposto para o público logo após o aniversário do Museu, de seus nove anos”.
— Vamos ter uma programação (do aniversário do Museu Histórico) híbrida, de forma tanto virtual quanto presencial. A presencial vai ser uma solenidade, com poucos convidados, por conta da pandemia, para seguir todos os protocolos, e no dia 28, 29 e 30 vamos ter apresentações virtuais, lives, no canal do YouTube da FCJOL. Quero que toda população venha conhecer sua história, através do Museu Histórico, que fica aqui na Praça São Salvador, estamos fazendo por agendamento, pelas redes sociais , pelo portal da prefeitura e pelo portal da TV Câmara, que é um dos nossos parceiros, onde vocês podem conhecer a nossa história. O Museu tem vasto acervo, que pode contar e contextualizar a nossa história regional. — Informa Graziela.
Amanhã, dia do aniversário do Museu, está programada ainda a exposição da “Coleção Olavo Cardoso” (confira aqui), composta por peças resgatadas do Museu Olavo Cardoso, transferidas para o Museu Histórico de Campos em janeiro deste ano. O MOC sofreu um furto em dezembro de 2020, quando foi levada parte considerável de seu acervo. O que restou comporá a exposição, que será temporária e foi pensada para as comemorações dos nove anos do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes.
"Um país, um estado, um município, são construções histórica. Formam uma comunidade, em que as pessoas se reconhecem como pertencentes. Nenhum território brotou do nada. Todos são resultados de um processo histórico, que pode ser mais ou menos violento, que pode ter sido construído por meio de mais acordo ou de mais batalhas. Então, se são o resultado de um processo histórico, esse processo precisa ser pensado, mostrado, criticado, discutido até para que possamos entender: como foi que a gente chegou até aqui? E o que faremos com isso?".
Comenta Auxiliadora Freitas, presidente da FCJOL, responsável pela cultura do município. Sobre o Museu Histórico e as comemorações de seus nove anos de existência, ela diz que o "desafio é fazer com que o campista, de qualquer idade, possa dizer: Esse museu é meu", onde a preservação se dará a partir do momento que "as pessoas se apropriem desse espaço, desse acervo" e terem um "sentimento de perecimento em ralação ao nosso patrimônio".  Auxiliadora ainda complementa: 
— O Museu é o lugar onde guardamos nossa história. As pessoas pensam que museu é um depósito das coisas antigas que fomos acumulando com o passar do tempo. Ou, às vezes, fazem até algum elogio, como se fosse uma relíquia ou uma coisa que a gente tem que preservar, porém intocada. A expressão ‘peça de museu’ representa bem isso. Mas Museu é um lugar onde a gente guarda a nossa história, a história de quem está aqui hoje. É um local que nos faz pensar o que nós somos. Um museu é uma porta, uma janela, uma interface para uma visão de mundo mais ampla. Comemorar 9 anos da inauguração do nosso Museu e a sua retomada, dentro das normas sanitárias, é um grande prazer.

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    Edmundo Siqueira

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