De Wladimir a Bolsonaro: a falta de anticoagulantes para tratamento da Covid em Campos
Falta da enoxaparina já havia sido alertada por fabricantes em março. Denúncias também revelam crise sanitária na saúde de Campos.
Em entrevista a um portal local, funcionários do Hospital Ferreira Machado denunciaram, anonimamente, que já estão há 15 dias sem um medicamento essencial para evitar coágulos, casos de trombose e embolia pulmonar durante internações por Covid-19, além de situações degradantes de trabalho no hospital.
O medicamento trata-se da Enoxaparina, também comercializada sob os nomes Clexane ou Heparina.
No dia 26 de março deste ano, o médico e comentarista da TV Cultura, Arnaldo Lichtenstein, alertou que as principais fabricantes destes anticoagulantes no Brasil já haviam avisado ao governo federal, através do Ministério da Saúde, o risco de desabastecimento destes medicamentos, assim como do kit intubação. Confira o vídeo aqui.


O especialista em farmácia clínica, Marcelo de Valécio, também já havia alertado para este risco no início do ano, em matéria na agência de notícias do ICTQ, instituto privado com atuação na área de pesquisas farmacêuticas.
Logo, o que veio a seguir foi a confirmação da escassez do medicamento no mercado, sentida por diversas prefeituras e estados.

Em Campos, os funcionários que denunciaram esta situação em condição de anonimato, por medo de represálias da prefeitura, ainda revelaram a ausência de itens básicos no pior momento da pandemia, como sabão para as mãos, papel toalha e até álcool, além de produtos de limpeza diversos.

Se o governo Bolsonaro agiu com negligência diante da possibilidade de escassez destes medicamentos, o governo Wladimir também é diretamente responsável ao se silenciar diante denúncias tão graves, não apresentar soluções e permitir situações degradantes de trabalho, colocando em risco servidores e pacientes, sob risco de uma grave crise sanitária e hospitalar em Campos.

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    Gilberto Gomes

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