Trio Forrozão faz live neste sábado arrecadando doações para o Asilo do Carmo
Matheus Berriel 24/07/2020 16:48 - Atualizado em 03/08/2020 17:51
Show beneficiará entidade de Campos, considerada
Show beneficiará entidade de Campos, considerada "segunda cidade" do grupo / Divulgação
Com mais de 70 shows cancelados devido à pandemia da Covid-19, o Trio Forrozão adotou as lives como alternativa para continuar ativo nos meses de quarentena. A segunda edição, batizada de “Forró na Cacomanga”, acontece neste sábado (25), a partir das 17h, no canal do grupo no YouTube, arrecadando alimentos e produtos de higiene pessoal para o Asilo Nossa Senhora do Carmo, de Campos. O evento virtual tem apoio da Folha da Manhã.
— Nosso momento mais celebrado de contratações se dá em maio, na região Norte, e nos meses de junho, julho e agosto aqui no Sudeste e também no Nordeste, com o São João estendido e festas de cidade, padroeiro e eventos corporativos — disse o líder da banda, Nicodemos Ciríaco da Silva. — Percebemos que, se ficássemos em casa, esperando o fim destes tempos de pandemia para voltar aos shows, não seria muito promissor. Então, partimos para elaboração de projetos com este cunho filantrópico, que muito nos agrada e nos faz feliz. E tem dado certo, viu. Graças a Deus — pontuou o artista que, além de tocar zabumba, é também o cantor do Trio Forrozão desde a morte de Sebastião Brilhante Ferreira, o Bastos, em 2012, por um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Originário da Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, o grupo completou no ano passado 30 anos de estrada. Considerando que a aparição no cenário nacional se deu em 1990, ano seguinte à fundação, são três décadas de shows em vários cantos do país. O primeiro em Campos aconteceu há 20 anos, iniciando uma relação que segue até os dias atuais.
— Temos um carinho muito especial com a cidade, pois nos sentimos em casa. Temos muitos amigos aqui, muita história com o público. Muitas pessoas nos comentam que casaram se conhecendo em forró que cantávamos, que muitas músicas fazem parte de suas histórias. Tudo isso nos proporciona muita felicidade e a certeza que Campos dos Goytacazes é a nossa segunda casa — enfatizou Nicodemos.
Além dele, natural da Paraíba, o Trio Forrozão conta ainda com outro paraibano, Edson Belo da Silva, o Edinho Chupa-cabra, no triângulo; e o carioca Francisco Corrêa da Silva, o Xiquinho Corrêa, na safona. Todos já faziam parte da formação original, na prática um quarteto, que despontou após ser apadrinhado por Caetano Veloso, em 1987. Desde então, vieram prêmios como o disco de ouro pela trilha sonora do filme “Lisbela e o Prisioneiro”, em 2003; shows nos Estados Unidos e em países europeus, além de nove CD’s gravados. O 10º, previsto para 2020, precisou ser adiado.
— Tínhamos programado para, nas festividades juninas, lançar um CD comemorativo dos 30 anos, mas, infelizmente, tivemos de reprogramar para o ano que vem. Este CD trás releituras de sucessos que lançamos e muitas outras que são inéditas — contou Nicodemos.
Em junho, o São João Solidário do Trio Forrozão teve mais de duas horas de duração, angariando recursos com o intuito de adquirir um respirador para o Hospital Rio Doce, de Linhares/ES. Além do cunho social, os shows virtuais impulsionam o setor de eventos, fortemente afetado pelo novo coronavírus.
— Nossos fãs nos ajudam a tornar realidade este projeto, com doações, como se fosse um cachê. Desta forma, ajudamos empresários do segmento que estão parados e também a nós, do Trio Forrozão. Tudo isso é fruto de uma união de parceiros interessados em ajudar, criando envolvimento social, levando alegria e entretenimento para todos neste momento tão complexo e diferente — finalizou Nicodemos.

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