Ato em defesa dos advogados no Fórum
Victor de Azevedo 17/09/2018 21:54 - Atualizado em 18/09/2018 13:36
Um grupo de advogados realizou um ato nesta segunda-feira na escadaria do Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, em defesa das prerrogativas da classe e também do advogado campista Luiz Victor Monteiro Alves que teve um conflito com uma juíza leiga. Aproximadamente 150 advogados participaram do ato, segundo os organizadores. O grupo pede o afastamento da juíza leiga e solicita um desagravo para o advogado. Segundo o Tribunal de Justiça, não há, até o momento, qualquer ação ou representação referente ao caso no órgão. Caso parecido ocorreu com a advogada Valéria Lúcia dos Santos que recebeu ato em homenagem também nesta segunda-feira em Duque de Caxias, com presença do presidente Nacional da OAB. A advogada foi algemada no exercício da profissão. O caso irá gerar apuração ético-disciplinar.
— Fizemos esse ato em apoio ao advogado Luiz Victor Monteiro Alves e estamos solicitando o afastamento da juíza leiga e também um ato de desagravo ao nosso companheiro de profissão — ressaltou Cristiano Fagundes, um dos idealizadores do movimento ao lado dos advogados Léa Cristina e Marcos Bruno.
O conflito envolvendo o advogado e a juíza leiga ocorreu no dia 3 de setembro. Luiz Victor alega que a magistrada não quis ouvir uma testemunha arrolada por ele. No caso, a juíza teria perguntado à testemunha se ela era amiga do cliente de Luiz Victor, tendo usado a resposta como motivo para não ouvi-la. O advogado argumentou algumas vezes, o que teria irritado a juíza. Insatisfeito com o constrangimento, o advogado chegou a se levantar, ameaçando deixar a sala de audiência. Neste momento, a juíza teria ido ao corredor e voltado com um policial. Para Luiz Victor, esta foi uma ação intimidatória. A partir de então, o advogado pediu que a juíza se declarasse suspeita para julgar o caso, o que foi negado pela mesma.
A reportagem da Folha entrou em contato com o presidente da 12ª Subseção da OAB, Humberto Nobre, mas não obteve retorno. Na última semana, ele afirmou que um integrante da Comissão de Prerrogativas está acompanhando o caso e que será montado um processo de desagravo.

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