Cineclube Goitacá exibe "Os Imperdoáveis"
Jhonattan Reis 11/07/2017 17:46 - Atualizado em 13/07/2017 14:44
O Cineclube Goitacá exibe, na noite desta quarta-feira (12), o longa-metragem “Os Imperdoáveis” (Unforgiven, 1992), dirigido por Clint Eastwood. Quem apresenta a obra é o advogado e publicitário Gustavo Oviedo. A sessão começa às 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, localizado à esquina das ruas Conselheiro Otaviano e Treze de Maio, no Centro de Campos. A entrada é gratuita.
Na trama, Bill Munny (Clint Eastwood), um pistoleiro aposentado, volta à ativa quando lhe oferecem 1.000 dólares para matar os homens que cortaram o rosto de uma prostituta. Neste serviço, dois outros pistoleiros o acompanham. Eles precisam se confrontar com um inglês (Richard Harris), que também deseja a recompensa e um xerife (Gene Hackman), que não deseja tumulto em sua cidade.
Gustavo Oviedo explicou que escolheu “Os Imperdoáveis” porque em 2017 completam 25 anos da estreia do longa e porque é um dos seus filmes favoritos.
— “Os Imperdoáveis” é um faroeste feito para acabar com todos os faroestes, pois desconstrói toda a épica do gênero. Além disso, é uma obra que reflexiona sobre a violência, com a ideia de que o autoritarismo e a falta de amor não conseguem formar uma sociedade harmoniosa — comentou.
Oviedo lembrou que “Os Imperdoáveis” ganhou quatro Oscars, dentre eles de melhor diretor e melhor filme, em 1993.
— Gene Hackman, que faz o papel do Sheriff Little Bill, ganhou como melhor ator coadjuvante, inclusive.
A fotografia, para o advogado e publicitário, é um ponto alto do filme.
— Especialmente na parte final, que se passa à noite e reflete a obscuridade dos personagens. O roteiro, de David Webb Peoples, também é fantástico. Ele conta uma história sem heróis e absolutamente original.
O apresentador da noite falou, também, sobre o trabalho de Eastwood no filme.
— Ele conseguiu o roteiro de “Os Imperdoáveis” muitos anos antes de filmá-lo. Porém, fez questão de deixar passar o tempo porque queria ter a idade certa para fazer o papel do pistoleiro William Munny, um sujeito que está no final de sua vida. Como discípulo dos seus mestres Sergio Leone e Don Siegel, com os quais protagonizou filmes onde fez personagens violentos e impiedosos, Eastwood queria fazer um “mea culpa” e, ao mesmo tempo, homenagear aqueles diretores. Conseguiu tudo isso neste trabalho.
Oviedo apontou “Os Imperdoáveis” como a obra prima de Clint Eastwood.
— Apesar de que ele já tinha feito 17 filmes como diretor até o momento, foi com esta obra que ele começou a ser levado a sério. Depois de “Os Imperdoáveis”, ele fez muitos outros (filmes), como “Sniper Americano” (2015) e “Menina de Ouro” (2005), mas também “As Pontes de Madison” (1995), “Um Mundo Perfeito” (1993) e “Gran Torino” (2008), sendo que os últimos três, para mim, são os seus melhores trabalhos, tirando “Os Imperdoáveis”, que considero sua obra prima.

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