Vereadores registram queixa-crime de abuso de autoridade
16/02/2022 19:04 - Atualizado em 16/02/2022 22:55
Doze dos 13 vereadores de oposição se dirigiram à 134ª Delegacia de Polícia (Centro), na noite desta quarta-feira (16), para fazer uma queixa-crime de abuso de autoridade, depois que o atual presidente da Câmara de Campos, Fábio Ribeiro, suspendeu a votação que elegeu Marquinho Bacellar para a presidência da Casa no biênio 2023/2024, nessa terça-feira (15). O vereador Fred Machado não esteve na DP, por apresentar com sintomas de gripe, mas reforça o grupo que questiona a decisão do presidente da Câmara.
Fábio acatou dois requerimentos de vereadores da base. Um sobre o princípio da publicidade; outro, alegando que Nildo Cardoso (PSL) não votou durante a sessão. Houve tumulto na mesa, inclusive com bate-boca entre os vereadores, que contestaram a discussão. O clima só não foi pior porque, minutos antes da leitura do parecer, Fábio pediu para que o plenário fosse esvaziado, visando, segundo ele, garantir a segurança dos vereadores. A sessão foi suspensa e, mais uma vez, posteriormente encerrada.
Na delegacia, os vereadores Abdu Neme (Avante), Anderson de Matos (Republicanos), Bruno Vianna (PSL), Helinho Nahim (PTC), Igor Pereira (SD), Luciano Rio Lu (PDT), Maicon Cruz (PSC), Marquinho Bacellar (SD), Marquinho do Transporte (PDT), Nildo Cardoso (PSL), Raphael Thuin (PTB) e Rogério Matoso (DEM) fizeram a apresentação da denúncia à delegada Nathalia Patrão, titular da 134ª DP.
A partir de agora, segundo advogados, o procedimento terá sequência com a apresentação de provas, documentos e depoimentos.
Os governistas entraram com dois processos administrativos pedindo a anulação da eleição e por isso Fábio suspendeu a votação. Um deles questiona o fato de Nildo Cardoso não ter votado. Nas imagens da TV Câmara, mostram que o vereador não é chamado. O outro processo, de autoria de Juninho Virgílio (Pros) argumenta que o parlamentar não teve tempo para articular uma possível candidatura a presidente. Juninho ocupava a secretaria municipal de Governo e foi exonerado do cargo no meio da tarde de terça (15) para a votação.
  • Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

    Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

  • Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

    Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

  • Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

    Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

  • Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

    Vereadores registram queixa-crime na delegacia (Foto: Genilson Pessanha)

Marquinho reclamou da postura da presidência e pediu respeito à decisão dos vereadores.
— Estamos vendo não só um crime eleitoral, mas o presidente abriu a sessão de forma arbitrária sem nos dar a pauta, dando continuidade à pauta existente. Juninho entrou com recurso dizendo que foi prejudicado e não teve tempo de se preparar para a eleição, sendo que foi opção dele de voltar à Casa. Assim como nós também soubemos da eleição quando a pauta chegou até nós, minutos antes e ainda nos tirou o direito da fala. É um presidente despreparado, covarde e que tem um líder, que é Garotinho. O que vai acontecer é, infelizmente, abrir um processo contra o presidente para destituir a mesa diretora. Tem que ter o respeito à decisão dos vereadores.
Fábio Ribeiro, por sua vez, afirmou que não houve “covardia”. “Não teve covardia, baixaria, nada. Existem dois processos administrativos tramitando com pedido para tornar sem efeito a votação para presidente e suspender a votação dos outros cargos, com anulação do processo eleitoral. Eu iria prosseguir a eleição, mas não poderia continuar. Suspendi a sessão por 10 minutos, tentei conversar com a oposição e não conseguimos. Estou seguindo o devido processo administrativo”.

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