Caso Ana Paula: cunhada vai a júri popular com outros três réus
09/09/2020 16:11 - Atualizado em 09/09/2020 16:23
Os quatro acusados de matar a universitária Ana Paula Ramos, em 19 de agosto de 2017, irão a julgamento no próximo dia 19 de outubro, às 10h. Entre os réus, está a cunhada e amiga de infância da vítima, Luana Barreto Sales, apontada como mandante do assassinato. De acordo com a 1ª Vara Criminal de Campos, o processo da ré foi remembrado, logo, será julgada juntamente com os demais pelo juiz Wycliffe de Melo Couto. A sessão plenária chegou a ser remarcada considerando a suspensão das atividades presenciais do Tribunal desde a segunda quinzena de março deste ano, diante da pandemia do coronavírus (Covid-19).
Em nota, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro informou que "em razão da pandemia, durante a sessão plenária, serão adotadas as medidas de praxe, incluindo distanciamento entre os participantes".
Conforme investigações da Polícia Civil, Ana Paula foi vítima de uma emboscada, inicialmente disfarçada de um assalto. No dia do crime, segundo a Polícia Civil, Luana convidou Ana Paula para ir até o Parque Rio Branco, em Guarus, visitar a obra de sua casa. Depois, elas veriam o vestido que Luana usaria no casamento da vítima. No local, Luana chamou a cunhada para tomar um sorvete na praça, e este seria o sinal para a execução do plano do falso assalto.
Atingida por tiros na cabeça e no tórax, a universitária foi socorrida por populares e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM) na carroceria de uma caminhonete. Com morte cerebral constatada na semana seguinte, no dia 21 de setembro, a jovem teve morte decretada por falência múltipla dos órgãos na noite do dia 23. Luana foi presa por policiais militares no HFM, em uma roda de orações pela vida de Ana Paula.
Os outros acusados de participação no assassinato são: Marcelo Henrique Damasceno, que teria intermediado a contratação de Wermison Carlos Sigmaringa e Igor Magalhães de Souza, que seriam os executores do crime.
Na primeira audiência do caso, em 8 de maio de 2018, o titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Luís Maurício Armond, contou que, no caso, chamou sua atenção a quantidade de disparos efetuados para um crime patrimonial, um assalto. Armond também destacou que a Luana titubeou na hora de fazer o reconhecimento de um dos criminosos, tendo chegado a afirmar, durante as investigações, que ela teria contratado os homens para dar um susto na Ana Paula, e não para matar. Segundo o delegado, entretanto, o Igor foi categórico em dizer que o “susto” se tratava de assassinato. Os três acusados de serem os executores permaneceram com as cabeças abaixadas durante o procedimento.

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