Mais controle

Demorou, mas, enfim, o PT parece que começa a fazer uma mea-culpa a respeito dos casos de corrupção. Em campanha na periferia de São Paulo nesse sábado (13), o candidato Fernando Haddad defendeu ampliar os mecanismos de controle nas estatais para evitar “erros do passado”. Ele citou sua gestão à frente do ministério da Educação: “Não tivemos caso de corrupção num ministério com R$ 100 bilhões de orçamento”, disse, acrescentando: “Esse mesmo tipo de controle eu vou levar para as estatais. São formas de dizer como é que nós vamos evitar erros que foram cometidos no passado”.

A respeito de atos de corrupção levados adiante por dirigentes do Partido dos Trabalhadores, o presidenciável afirmou que cabe somente à Justiça, depois de esgotados todos os recursos, definir se são culpados ou não. Para Haddad, caso comprovado o enriquecimento pessoal tem que ir para a cadeia: “Se algum dirigente (do partido) cometeu erro, garantido o amplo direito de defesa, se concluir que enriqueceu, tem que ir pra cadeia. Com provas”, afirmou.

Sem ir a debates desde setembro, quando levou uma facada durante evento de campanha em Minas Gerais, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, chegou a ser desafiado por seu opositor, Fernando Haddad (PT). Até então, Bolsonaro não estava autorizado pelos médicos, que pretendem liberá-lo a partir do próximo dia 18. Porém, sexta-feira, o presidenciável cogitou não participar de eventos deste tipo. Fernando Haddad afirmou que o adversário estaria com medo do enfrentamento direto.

Com a campanha do “amarelou” nas redes sociais ganhando força, em referência ao fato de ele ter dito que o não comparecimento é, também, uma estratégia, Bolsonaro disse, nesse sábado, concordar em ir a debates “sem interferência externa”, em referência à suposta influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Haddad. Ele afirmou ainda que em um governo Haddad quem escolheria os ministros seria Lula: “Se for debate só eu e ele (Haddad), sem interferência externa (de Lula), eu topo comparecer. Estou pronto para debater”, afirmou.

Bolsonaro voltou a relacionar o ex-presidente Lula ao candidato do PT à Presidência: “(Se Haddad vencer), quem vai escalar time de ministros será o Lula. Não adianta (ele) ter boas propostas se vai ter indicação política”. E disse que o mais importante é ter independência para escalar ministros componentes. O candidato já adiantou três integrantes de seu governo, caso seja eleito: o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), na Casa Civil; o general da reserva do Exército Augusto Heleno na Defesa; e o economista Paulo Guedes, na Economia.

Cotado

Já o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, citou o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar (1931-2011) “tem todas as condições, perfil e sensibilidade social” para assumir o cargo de ministro da Fazenda em um eventual governo petista. Josué chegou a ser cotado, antes da campanha, para ser vice de Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e até do próprio Haddad, mas os entendimentos não evoluíram. Questionado sobre a possibilidade de assumir o ministério da Fazenda, Josué foi sucinto: “Especulação”.

Nesta segunda-feira (15), Dia do Professor, será recesso nas escolas e creches da rede municipal de Campos. A medida, que visa homenagear os profissionais, foi comunicada internamente pela secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece) às unidades. A mesma medida foi tomada pela Fundação Municipal de Esportes (FME) e Fundação Municipal da Infância e da Juventude (FMIJ).

O comércio de Campos também não estará aberto nesta segunda-feira (15), em função do dia do Comerciário. A exceção é para o lojista que, por conta própria, abra o seu estabelecimento.