Cesta básica mais cara nos supermercados
18/10/2018 19:35 - Atualizado em 22/10/2018 15:43
O preço dos alimentos essenciais que compõem a cesta básica caiu em 17 de 20 capitais brasileiras em agosto. O levantamento foi divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Já em Campos se manteve estável, com um aumento de 0,6% em comparação com o mês de agosto. O valor da cesta básica foi pesquisado em seis supermercados de Campos pela Superintendência do Procon, nos dias 26 e 27 de setembro.
A soma do valor dos 13 itens que compõem a cesta básica, e suas respectivas quantidades, estipuladas pelo decreto lei nº399, de 1938, somou R$ 344,82, contra R$ 342,43 do mês anterior. Os produtos que apresentaram altas foram compensados por outros que caíram em proporção semelhante, estabilizando o preço médio.
Entre agosto e setembro, os produtos que mais aumentaram foram: farinha de trigo (15%); leite integral (18%); carne/alcatra (4%). Os que mais reduziram, por sua vez, foram: açúcar (-29%); arroz (-11%) e margarina com sal (-17%). Considerando a jornada de trabalho mensal brasileira de 220h, o trabalhador campista teve que despender 79 horas e 34 minutos para adquirir suas provisões alimentares básicas. Em relação ao salário mínimo liquido, descontado o imposto previdenciário de 8%, a cesta básica tomou 39% do valor recebido.
Nacional — Para efeito de comparação e tomando por base a pesquisa da cesta básica nacional do Dieese de setembro de 2018, a capital com o maior valor da cesta básica foi o Florianópolis (R$ 435,47) e a capital com o valor mais baixo foi Salvador (R$ 315,86).
As reduções mais expressivas foram em Porto Alegre (-3,50%), João Pessoa (-3,36%) e Salvador (-3,02%). A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 432,81) e Rio de Janeiro (R$ 417,05).
No acumulado de 12 meses, os preços médios da cesta caíram em 13 cidades, com destaque para São Luís (-6,51%), Goiânia (-6,29%) e Salvador (-6,08%). Nas outras sete capitais, onde os valores médios aumentaram em Campo Grande (2,70%) e Cuiabá (2,57%).
O Dieese calculou o salário mínimo ideal em agosto, baseado na cesta mais cara, de São Paulo. O valor mínimo mensal necessário para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.636,04, equivalente a 3,81 vezes o salário mínimo atual, de R$ 954. Em julho, o salário deveria ter sido R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o piso mínimo do país. (A.N.)

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