Delações são úteis, mas não provas definitivas, diz Temer
05/05/2018 18:08 - Atualizado em 07/05/2018 16:51
Michel Temer
Michel Temer / Agência Brasil
O presidente Michel Temer (MDB) disse, neste sábado (5), que as delações premiadas são úteis, mas não provas definitivas: “Apenas dão início às investigações”. Sem citar o nome do empresário Joesley Batista, o presidente afirmou que o vazamento distorceu a conversa gravada. Segundo ele, essa distorção causou o momento “mais injusto” para o governo. As declarações foram dadas em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Temer também anunciou medidas para incentivar a criação de empregos e geração de renda. Ainda este mês, a Caixa Econômica Federal deve usar os lucros obtidos com empréstimos para a construção de 150 mil casas populares e para repasses a prefeituras por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A intervenção federal na segurança pública do Rio foi defendida por Temer, mas ele avisou que o modelo não será replicado para outros estados.
Questionado sobre as reações negativas que recebeu à manifestação de solidariedade às vítimas do prédio que desabou no centro de São Paulo no último dia 1º, Temer disse que foi um ato de “coragem de autoridade” e que tais ações não o fariam desistir de buscar a reeleição em outubro. Ele comemorou ainda a redução dos juros e da inflação, assim como a recuperação financeira da Petrobras e do Banco do Brasil.
Temer afirmou que seu governo tem priorizado o diálogo: “No governo, nós temos umas palavras-chaves. Uma delas, que foi a primeira, que inaugurou praticamente o meu governo, foi a palavra diálogo. Diálogo, em primeiro lugar, com o Poder Legislativo. Porque não havia diálogo do Executivo com o Legislativo. Até diferentemente, o Legislativo era tido sempre como uma espécie de apêndice do Executivo. Nós fizemos diferente. Nós trouxemos o Legislativo para governar juntamente com o Executivo”.
Ele também comentou sobre vazamentos em processos: “O que a Polícia Federal não pode fazer é intervir por meio de vazamentos. Ora, o processo é sigiloso. Eu tenho verificado com frequência que, quando o processo é sigiloso, a defesa entra com pedido para ter acesso e o acesso é negado, há o fundamento de que o processo é sigiloso. E a defesa se conforma com isso. Afinal, se sigiloso é, não se deve dar conhecimento a nenhuma investigação que esteja sendo feita”, disse. (S.M.) (A.N.)

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