Rosinha é a voz do marido condenado
16/09/2017 12:32 - Atualizado em 16/09/2017 12:52
A voz
A ex-prefeita Rosinha tem cumprido o que prometeu: Tem sido a voz do marido Garotinho, condenado a nove anos e 11 meses de prisão por corrupção eleitoral, associação criminosa, coação de testemunhas e supressão de documentos no caso Chequinho. Uma voz que dispara para todos os lados, repetindo o mantra da perseguição pelas denúncias que ele faz contra “poderosos”. Ontem, o alvo foi o Tribunal Regional Eleitoral, que, até então, não havia julgado um Habeas corpus impetrado pela defesa do ex-governador.
Na fila
Antes deste Habeas corpus, que pede para que Garotinho responda em liberdade, havia outro, impetrado dois dias antes da prisão, em que a defesa tentava, mais uma vez, tirar da 100ª Zona Eleitoral a Ação Penal da Chequinho, suspendê-la e passar o caso para a Justiça Federal. No mesmo dia da prisão, a desembargadora Cristina Feijó analisou e viu perda de objeto, já que a sentença tinha saído horas antes. Também passou o caso para o plenário do Tribunal julgar.
Culpa
Durante a tarde de ontem, a ex-governadora voltou à carga, disparando contra o TRE e acusando o órgão de estar agindo politicamente, mais uma vez em função de denúncias feitas “contra poderosos” e citando, de novo, o presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, o ex-governador Sérgio Cabral, preso desde novembro do ano passado, a mulher de Cabral, Adriana Anselmo, além de outros políticos e empresários. Disse, ainda, que o TRE teria “gente que prende inocentes e protege os corruptos”.
Aposta
Em meio ao tiroteio, contra praticamente tudo e todos, Rosinha apostava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o marido, ao menos, passasse a responder em liberdade. Mas, à noite, outra derrota: O ministro do TSE Tarcísio Vieira negou pedido de liminar, afirmando que a Reclamação apresentada pela defesa não era o instrumento jurídico correto para o caso. Assim, caso não tenha uma mudança no meio do caminho, a tendência é que Garotinho continue em prisão domiciliar, pelo menos até segunda-feira, quando o grupo aposta em um julgamento pelo Tribunal Regional. Até lá, haja Rivotril.
E o restante?
Ontem, o Governo do Estado pagou os servidores ativos da Educação, Degase e Segurança, além dos servidores ativos, inativos e pensionistas, de todas as categorias, que recebem vencimento líquido até R$ 2.052,00. Apesar disso, o próprio governo confessou que os vencimentos de agosto ficarão pendentes para 113.626 servidores ativos, inativos e pensionistas e não deu nenhum prazo para regularizar essa pendência. Ao que parece, a injeção de ânimo com o acordo de recuperação fiscal, assinado há duas semanas, já acabou.
Prevenção
Hoje acontece o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação. Em Campos, além das 50 salas de vacinação disponíveis, a população também poderá ainda se dirigir ao Jardim São Benedito, onde também haverá um ponto de atendimento disponível à população. A ação acontece das 9h às 16h. Uma boa oportunidade para atualização do cartão de vacina de crianças e adolescentes de até 15 anos.
Até quando?
Ultimamente, os casos de intolerância religiosa têm sido frequentes no estado do Rio e gerado bastante repercussão em veículos de imprensa. Em Nova Iguaçu, pelo menos sete terreiros de Candomblé, religião afro-brasileira, foram depredados. Em Campos, casos de intolerância também já chegaram a ser registrados, principalmente com ataques em redes sociais. Um desses episódios aconteceu este mês, quando ministros religiosos do culto afro participaram de uma solenidade para entrega de CNPJ às Comunidades Tradicionais de Terreiro. Em um país baseado na miscigenação de culturas, um ato de intolerância é, no mínimo, contraditório. Até quando vamos presenciar essa falta de respeito com o próximo?
Charge do dia:
José Renato

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    Suzy Monteiro

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