PGR apresenta denúncia contra Jonas Lopes de Carvalho
21/08/2017 18:20 - Atualizado em 21/08/2017 21:24
Ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, Jonas Lopes de Carvalho Junior foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por corrupção, lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro nacional e quadrilha. Outras quatro pessoas também foram denunciadas, com base nas investigações da operação O Quinto do Ouro, que levou à prisão cinco conselheiros do TCE do Rio, em março.
A PGR denunciou também o filho de Jonas Lopes, o advogado Jonas Lopes Neto; o operador e ex-funcionário do TCE Jorge Luiz Mendes Pereira da Silva, o Doda; o doleiro e dono da corretora de valores Hoya Alvaro Noviz; e Edimar Dantas, funcionário da corretora Hoya. Os cinco celebraram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
No dia 7 de abril, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer mandou soltar os cinco conselheiros do TCE-RJ presos. Na mesma decisão, o ministro determinou que os investigados fiquem afastados das funções por 180 dias. A decisão atingiu os conselheiros Aloysio Neves, Domingos Brasão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, os alvos da operação são acusados de fazerem parte de um esquema de pagamentos de vantagens indevidas que pode ter regularmente desviado valores de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do TCE e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Os alvos da Operação O Quinto do Ouro são investigados por fazerem parte de um esquema de pagamentos de vantagens indevidas que pode ter regularmente desviado valores de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), de acordo com informações da Polícia Federal. O esquema seria relacionado ao período do governo de do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso deste o ano passado.
As prisões dos conselheiros Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar, José Nolasco e Aluísio Gama foram pedidas com base nas delações do ex-presidente do TCE Jonas Lopes de Carvalho Filho. O atual presidente do tribunal de contas, Aloysio Nunes, está em prisão domiciliar. Durante a operação, o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), foi alvo de condução coercitiva. Picciani é suspeito de organizar pagamentos de propina da Fetranspor aos conselheiros do TCE.
No TCE
Jonas  foi indicado para a Corte de Contas pelo então governador Anthony Garotinho (PR), em 2000. Advogado formado pela Faculdade de Direito de Campos e filho do criminalista Jonas Lopes de Carvalho, já foi procurador-geral da Prefeitura de Campos e presidiu o TCE entre 2011 e 2016, período das obras para a Copa do Mundo e Olimpíada. Ele também foi responsável pela fiscalização de todos os municípios fluminenses, com a exceção do Rio de Janeiro. Daí o potencial de sua delação ser considerado tão explosivo. Contudo, nomes citados por Jonas apontam que ele teria poupado velhos aliados.
Com informações da Globo News e Jornal do Brasil

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    Arnaldo Neto

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