Eduarda Farage, de 30 anos, moradora de Macaé, tem muito a ensinar sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Após quatro tentativas, ela conquistou uma das maiores notas da edição de 2024, acertando impressionantes 175 das 180 questões da prova. O desempenho a levou à tão sonhada vaga no curso de Medicina da UFRJ — e o segredo, segundo ela, foi estudar menos, mas com mais eficiência.
De acordo com informações do jornal O Globo, no início da trajetória de Eduarda, em 2020, ela estudava cerca de seis horas por dia. Em 2023, chegou a intensificar o ritmo para dez horas diárias, mas ironicamente teve o pior desempenho. Só quando reduziu para cinco horas diárias, em 2024, conseguiu o salto que precisava. — Fazia muita coisa errada. Ao longo do tempo eu fui aprimorando como estudar. E isso que deu resultado, não o tempo — explica Eduarda, que se tornou referência para quem sonha com a aprovação no Enem.
A chave da virada foi entender a fundo como a prova funciona. Eduarda se aprofundou na Teoria de Resposta ao Item (TRI), sistema de correção usado pelo Enem que penaliza acertos aleatórios e valoriza a coerência do conhecimento. Ou seja, para tirar nota alta, não basta acertar muito — é necessário acertar de forma consistente: questões fáceis, médias e algumas difíceis.
Com esse entendimento, ela percebeu que precisava focar especialmente nas áreas com maior peso: Matemática e Ciências da Natureza. E foi exatamente aí que concentrou seus esforços, com estratégias bem direcionadas e foco no raciocínio lógico.
Enquanto isso, o Ministério da Educação anunciou, na última sexta-feira (6), a ampliação do prazo de inscrições para a edição de 2025 do Enem. Os interessados poderão se inscrever até sexta-feira (13).